Volta às aulas em julho no DF: escolas privadas apoiam, mas professores são contra
Entidades que representam docentes de colégios públicos e particulares acham arriscado retomada das atividades a partir de 29 de julho
atualizado
Compartilhar notícia
O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) se posicionou de forma contrária ao retorno presencial das aulas nas redes de ensino da capital do país.
A manifestação da entidade ocorre após o Governo do Distrito Federal (GDF) anunciar, nesta segunda-feira (29/06), um calendário com a previsão de retomadas das atividades, incluindo as educacionais.
Segundo o estudo do Executivo local, a volta às aulas, de forma presencial, ocorreria a partir de 29 de julho.
Para a diretora do Sinpro, Rosilene Corrêa, o retorno das atividades ainda é “precipitado”. “O momento é de recolhimento. Não tivemos organização nem para as aulas remotas, imaginem para as aulas presenciais”, explica.
Rosilene afirma ser preciso criar uma comissão com representantes de todo segmento da comunidade escolar para que seja feito um “planejamento seguro de retorno”.
“O ápice da pandemia está previsto para ocorrer daqui 10 dias. Não teremos controlado tudo isso até a data prevista. Como é que se pode pensar em colocar para circular nas nossas escolas, meio milhão de pessoas em pleno ápice da pandemia?”, indaga.
Ao Metrópoles, o diretor do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares do DF (Sinproep), Rodrigo de Paula, também se mostrou contrário à retomada das atividades. “Ainda não é o momento, tendo em vista que o Distrito Federal ainda não atingiu o pico da pandemia. O ato poderia colocar em risco a saúde de milhares de alunos, professores e toda comunidade escolar”, disse.
Sinepe é a favor
Na última semana, o Metrópoles mostrou que o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe) propôs ao Executivo local um planejamento para retomada das atividades.
No cronograma sugerido pela entidade, que representa 450 das 570 instituições privadas da capital, está prevista a volta às aulas em ambiente físico para o dia 20 de julho.
O documento prevê o retorno gradativo, dividido por níveis de ensino e obedecendo um protocolo de profilaxia rígido, a fim de evitar a contaminação do novo coronavírus entre os 180 mil alunos da rede.
Veja o cronograma: