Três graduações no DF tiveram nota mínima no Enade 2019. Veja quais
Incluindo curso de medicina, as três notas 1 são de instituições privadas, que também foram responsáveis por todas as notas 2
atualizado
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Se as instituições públicas do Distrito Federal foram responsáveis por todas as notas máximas no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2019, os estabelecimentos de ensino superior privado ficaram responsáveis pelo mau desempenho. Dos 150 cursos avaliados no DF, as únicas três notas 1, escore mínimo no exame, vieram de universidades particulares.
Segundo o resultado divulgado na manhã desta terça-feira (20/10), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os cursos com desempenho nulo (notas entre 0,0 e 0,94) foram os de enfermagem, do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal (Uniplan), arquitetura e urbanismo, no Instituto de Ensino Superior Planalto (Iesplan) e medicina, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac).
Além disso, todas as 39 notas 2, que abrangem resultados das faculdades entre 0,95 e 1,94, também foram obtidos em faculdades privadas. Nas instituições públicas, a pior nota foi o 3 tirado pelo curso de engenharia de energia da Universidade de Brasília (UnB), sendo que os demais 29 cursos da rede pública de ensino superior avaliada, registraram conceito acima de 4.
A UnB e a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) tiveram cursos com a nota máxima. Foram 11 cursos que obtiveram nota 5 no exame, 10 deles da federal.
Os cursos que gabaritaram o teste na universidade foram o de arquitetura e urbanismo, tanto as turmas do turno integral quanto do noturno, enfermagem, engenharias ambiental, civil, de produção e mecânica, além de farmácia, nutrição e odontologia. Pela ESCS, enfermagem também obteve o conceito máximo.
O exame
O Enade é uma das avaliações que compõem o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), instituído em 2014. O objetivo do teste é aferir o desempenho dos estudantes em relação a conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso.
Seu ciclo avaliativo tem três anos, com a divisão dos cursos de acordo com sua área e modalidade (bacharelado, licenciatura e de tecnologia). Ao todo, são 23 áreas de conhecimento avaliadas a nível de bacharel e licenciado, e 6 para cursos superiores de tecnologia, totalizando 29 cursos de nível superior.
Com 40 questões, o Enade é formado por duas partes: formação geral e componente específico. O componente específico, que conta com 30 questões, equivale a 75% da nota do exame, que varia de 0 a 5. Dessa forma, a nota atribuída às instituições de ensino superior é a soma das médias ponderadas obtidas por seus alunos tanto nos componentes específicos quanto na formação geral.
Em 2019, o Enade aferiu conhecimentos de alunos que concluíam o bacharelado em engenharia; arquitetura e urbanismo; ciências agrárias; ciências da saúde e áreas afins, além daqueles de cursos superiores de tecnologia das áreas de ambiente e sáude; produção alimentícia; recursos naturais; militar e segurança. Essas áreas voltarão a ser avaliadas em 2022.
Foram inscritos no certame 435.469 estudantes. Destes, 391.863 realizaram o exame. Do total de alunos que fizeram aprova, 76% são de instituições privadas de ensino e 95% de cursos presenciais.
Ainda segundo as estatísticas divulgadas, o Enade avaliou 1.225 instituições (85% privadas) e 8.368 cursos (76% de universidades privadas).
No ano passado, 15 as 17 graduações avaliadas ficaram com nota 5. Outras duas tiveram nota 4. Serviço social (diurno e noturno); turismo; ciências econômicas; relações internacionais, administração, direito (diurno e noturno), ciências contábeis (diurno e noturno),; psicologia; desing – projeto do produto; desing programação visual; publicidade e propaganda e jornalismo foram as graduações com nota máxima no último Enade.