Sufocada por crise financeira, UnB receberá R$ 17,8 milhões do MEC
Do total repassado à instituição, R$ 4 milhões são recursos financeiros discricionários. IFB deve receber R$ 4,5 milhões
atualizado
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Em meio à crise orçamentária que atinge a Universidade de Brasília (UnB) desde o início do ano, um alívio: nesta quinta-feira (5/10), o Ministério da Educação liberou R$ 17,8 milhões para a instituição. O valor faz parte de um pacote de R$ 1,2 bilhão anunciado pelo ministro Mendonça Filho e destinado às universidades e institutos federais de todo o Brasil.
Do total repassado à UnB, R$ 4 milhões são recursos financeiros discricionários. Já R$ 13,8 milhões dizem respeito a uma liberação extra de limite para empenho, equivalente a um aumento de 5% no orçamento destinado a despesas de custeio e de 10% para investimentos.
Em 6 de setembro, o MEC já havia destinado mais R$ 20 milhões para a UnB. A medida, no entanto, não foi suficiente para resolver os problemas financeiros da universidade. As projeções indicam que a instituição deve terminar o ano com déficit de R$ 105 milhões.Os recursos previstos para a instituição neste ano sofreram corte de 45%, e a reitoria foi obrigada a rever as contas. Devido à nova realidade, a instituição elaborou um relatório que previa cortes na ordem de 25% em contratos vigentes de terceirizados, que representavam 75% dos gastos da universidade.
Por conta da medida, cerca de 300 trabalhadores foram demitidos nas áreas de limpeza, recepção e segurança nos últimos meses. A contenção de gastos também chegou ao Restaurante Universitário, que teve de reduzir porções e eliminar itens como azeite e palitos de dente.
IFB
Também passando por uma crise financeira, o Instituto Federal de Brasília está entre os beneficiados pela liberação de verba autorizada pelo Ministério da Educação nesta quinta (5). A entidade será o destino de R$ 4,5 milhões: R$ 1,7 milhão em recursos financeiros discricionários e R$ 2,8 milhões de liberação extra de limite para empenho.
Durante este ano, a instituição perdeu cerca de 25% de seu orçamento anual e também precisou reduzir o número de funcionários terceirizados. Servidores chegaram a ter de fazer “vaquinhas” para resolver pequenos problemas de manutenção nos campi da instituição.