Sem transporte escolar, alunos da rede pública do DF perdem aula
Três mil estudantes de Ceilândia não tiveram como frequentar colégios em decorrência de greve promovida pelos motoristas de ônibus do setor
atualizado
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Mais uma empresa de transporte escolar decidiu paralisar as atividades por atrasos no repasse de pagamentos da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF). Nesta segunda-feira (07/10/2019), funcionários da Rodoeste Transporte, que atende 3 mil estudantes da rede pública de ensino em Ceilândia, decidiram entrar em greve até que o problema financeiro seja resolvido.
Ao Metrópoles, o gerente da Rodoeste Adelino Medeiros disse que a empresa não recebe as quantias destinadas ao pagamento dos funcionários terceirizados desde 13 de agosto. O contrato com a pasta teria vencido nessa data.
“Assinamos um contrato emergencial até que fosse feita nova licitação. Em 19 de agosto, nós vencemos a licitação. Entretanto, a Educação nunca assinou o novo contrato. Nós, então, paramos de rodar porque estamos trabalhando sem garantia, não há contrato”, explicou Medeiros.
A SEE-DF confirmou a paralisação. Em nota, a pasta informou que a empresa Rodoeste normalizará a oferta do serviço nesta terça (08/10/2019) e que, “embora esteja dentro do prazo legal de 30 dias para pagar a empresa”, empenhou, nesta segunda-feira, os recursos referentes a agosto.
“O prazo venceria no próximo dia 17 de outubro, mas o pagamento será depositado nesta terça. As aulas perdidas serão repostas, conforme calendário a ser estabelecido pelas unidades de ensino”, finalizou em nota.
Primeiro caso
Esse é o segundo caso em menos de uma semana. Na última quarta (02/10/2019), foi a vez de estudantes das regiões da Fercal e Sobradinho não irem às aulas por falta de transporte escolar ofertado pela SEE-DF.
Em decorrência do problema, o Centro de Ensino Queima Lençol de Sobradinho precisou cancelar atividades para não prejudicar os alunos. Segundo a Educação, pelo menos 4 mil crianças e adolescentes foram afetados.