Reitora da UnB se compromete a não punir alunos que ocupam reitoria
Estudantes pedem liberação de verbas e auditoria nos contratos terceirizados
atualizado
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A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abraão, esteve com os estudantes que ocupam o prédio da reitoria na manhã deste sábado (14/4). Durante o encontro, a gestora assinou um documento se comprometendo a não aplicar punições administrativas aos alunos participantes do movimento. No entanto, os discentes condicionam a desocupação do prédio a uma audiência com a reitoria e o MEC.
Segundo um dos representantes do movimento, os alunos saíram de uma reunião com membros do Ministério da Educação (MEC), do FNDE e as deputadas federais petistas, Erika Kokay e Margarida Salomão, com a promessa de uma audiência pública na Câmara dos Deputados. As autoridades também haviam acordado a realização de uma mesa aberta com a comunidade acadêmica, o MEC e o Ministério Público Federal (MPF).
Na data marcada para a mesa aberta na UnB, os estudantes se concentraram para pressionar a reitoria a confirmar o evento. O prazo limite para a manifestação era o meio-dia da última quinta-feira (12/4) e, segundo os alunos, a confirmação não veio e o evento foi desmarcado. “O MEC se colocou à disposição, a deputada Erika Kokay também, mas, como a reitoria não tinha participado das negociações no FNDE, eles [MEC e MPF] condicionaram a presença à confirmação da reitoria”, disse um estudante que não quis se identificar.
Além do pedido de não serem punidos administrativamente, os manifestantes demandaram a garantia de não responderem a processos judiciais, apesar dos danos causados aos prédios do MEC e FNDE nos protestos do dia 10 de abril. De acordo com representantes do grupo, essa garantia está sendo cumprida.
Os estudantes são contra o aumento de preço nas refeições do restaurante universitário e as demissões de terceirizados. Pedem ainda a manutenção de todos os estágios remunerados, bolsas de permanência estudantil, além de uma auditoria externa e independente dos contratos de serviços terceirizados e a revogação da emenda do Teto dos Gastos.