Professores da UnB ameaçam fazer greve até Dilma voltar
Na assembleia da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), a maioria dos servidores presentes entendeu que a presidente afastada Dilma Rousseff foi alvo de um golpe e sugere que o semestre letivo seja paralisado até que a petista volte ao comando do governo
atualizado
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O conturbado momento político que Brasil enfrenta foi alvo de discussões na assembleia da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) nesta quarta-feira (8/6). Durante o encontro, que reuniu 148 professores, o pós-doutor em bioética Volnei Garrafa sugeriu que a delegação da ADUnB apresente, no congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), em Roraima, uma proposta para que o segundo semestre da UnB não se inicie até que a presidente afastada Dilma Rousseff volte ao comando do governo.
A página do Diretório Central dos Estudantes (DCE) no Facebook chegou a divulgar que a associação teria aprovado um indicativo de greve. No entanto, o presidente da ADUnB, Virgílio Arraes, esclareceu que a maioria dos docentes presentes na assembleia entendeu que a petista foi alvo de um golpe, e explicou: “Essa sugestão ainda será encaminhada. Vale lembrar também que a instituição tem cerca de 2.500 professores. As deliberações foram discutidas por 142 pessoas”, apontou.
Além da paralisação, o grupo presente na reunião também criou uma comissão de mobilizações. O intuito é convocar a categoria para atos contra o governo interino do presidente Michel Temer (PMDB).
Na quinta (9), a UnB será palco da manifestação Fora, Temer. O protesto deverá começar às 12h, no Instituto Central de Ciências (ICC), local conhecido como Minhocão. O encontro do Andes está marcado para iniciar em 27 de junho.