Professor da UnB acusado de assédio é suspenso por 60 dias
Ato de suspensão foi publicado na última terça-feira (18/4) e assinado pela reitora Márcia Abrahão. Apurações tiveram início em 2015
atualizado
Compartilhar notícia
Após acusações de assédio, a Universidade de Brasília (UnB) suspendeu por 60 dias o professor Mauro Giuntini, que leciona na Faculdade de Comunicação (FAC) da instituição. O ato foi publicado na última terça-feira (18/4) e tem validade a partir da data da publicação. Assinado pela reitora Márcia Abrahão, o documento reconhece que o professor infringiu a lei que regulamenta o comportamento exigido de funcionários públicos.
De acordo com o ato de suspensão, Giuntini falhou em “manter conduta compatível com a moralidade administrativa” e em “tratar com urbanidade as pessoas”. A apuração sobre o caso ocorreu em dezembro de 2015, quando alunas da faculdade fizeram um dossiê com denúncias de assédio moral e sexual contra o docente. Segundo os relatos, o professor fazia comentários e tinha atitudes consideradas abusivas.
As acusações tiveram início após a campanha #meuamigosecreto, que reuniu, nas redes sociais, histórias de machismo e assédio vividas por mulheres de todo o país. Diversas alunas da UnB denunciaram o professor em postagens.Em uma das publicações, uma estudante afirmou: “#meuamigosecreto é professor de cinema e quando a aluna responde aos comentários misóginos, racistas, homofóbicos e bairristas que ele faz, no fim da aula, quando todo mundo já saiu da sala, ele faz uso da autoridade dele como professor para ameaçá-la de reprovação”.
Outras acusações também afirmam que o docente realizava atividades com intuito de ver e tocar as alunas, além de proferir comentários machistas e abusivos.
Até a última atualização desta matéria, a reportagem não havia localizado o professor para comentar o assunto.