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DF: professor da rede pública afastado suspeito de assédio sexual

Secretaria de Educação apura a situação. Famílias pedem para que o docente não volte a dar aulas na escola

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1 de 1 cem-01-sobradinho - Foto: Reprodução/Google Street View

Um professor da rede pública do Distrito Federal foi afastado após ser alvo de denúncias de assédio sexual contra duas alunas. O caso teria acontecido no Centro de Ensino Médio (CEM) 1, em Sobradinho. As famílias das vítimas pediram que o acusado não dê mais aula na escola.

A Secretaria de Educação informou que abriu um processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar a denúncia. Enquanto isso, a pasta diz que ele já foi colocado à disposição da regional de ensino e ficará em trabalho administrativo até o final da apuração.

Na terça-feira (18/02/2020), os alunos fizeram uma manifestação contra supostos abusos praticados na escola. Vestidos de preto e alguns com o rosto pintado, os estudantes pediram que a direção os ouvisse. “A gente não aguenta mais vários relatos todos os anos de meninas que sofrem abusos”, disse uma das alunas, em vídeo publicado nas redes sociais.

Veja vídeo:

Na quarta-feira (19/02/2020), a secretaria afirmou que houve uma reunião na regional com familiares das duas adolescentes (a mãe de uma e os pais de outra) com a participação do professor, que pediu desculpas.

Mais um caso

Em novembro de 2019, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu inquérito para investigar cinco casos de assédio supostamente cometidos por um professor do Centro de Ensino Fundamental 3 (CEF 3) do Paranoá. As vítimas procuraram a direção da escola e registraram ocorrência policial.

Todas eram alunas do docente, que lecionava geografia. As cinco possuíam 17 anos e narraram a investigadores da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) que os assédios ocorriam nos horários de aula e, à noite, pelas redes sociais.

De acordo com as investigações, uma das estudantes relatou que os assédios ocorreram desde o início de 2019. Apenas em 8 de novembro, o grupo de estudantes resolveu procurar a direção da escola para contar sobre as supostas investidas do docente.

Coragem

Uma das adolescentes afirmou, em depoimento na delegacia, ter criado coragem para revelar o caso após conversar com um grupo de amigas – todas colegas de classe – e descobrir que elas também eram vítimas das investidas do professor. Algumas das garotas tiraram prints das telas dos celulares em que estão registradas conversas entre as alunas e o educador.

Nas caixas de mensagens privadas das estudantes, haveria recados do professor pedindo fotografias delas em posições sensuais. Outra jovem contou à polícia que o docente investia fisicamente contra ela, alisando suas pernas e nuca, sempre dizendo: “Se você tivesse 18 anos, eu te pegaria”.

Ainda segundo o relato da adolescente, o professor costumava olhar para ela dentro de sala de aula e usar as mãos para fazer um símbolo que representa o órgão sexual feminino, em tom de insinuação. Outra aluna revelou que já havia sido convidada por ele para ir a um motel.

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