Pesquisa sobre educação inclusiva será feita no DF nos próximos meses
A pesquisa quer saber quem são os profissionais, suas motivações e desafios. Políticas públicas em outros estados serão mapeadas
atualizado
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Uma pesquisa sobre a função dos educadores sociais voluntários que atuam no Distrito Federal será realizada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) nos próximos meses. O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) divulgou o resultado da chamada pública nesta segunda-feira (18/12).
O Programa de Bolsas do IPEDF selecionou sete bolsistas para entrevistar educadores sociais voluntários e gestores para a pesquisa. Compostos por graduados e mestres, os bolsistas iniciam as pesquisas, que vão durar três meses, em dezembro.
O objetivo da pesquisa é conhecer quem são esses profissionais, descobrir o que os motivou a ingressar no programa e quais são os desafios enfrentados na realização de atividades.
As políticas públicas sobre educação inclusiva em outros estados brasileiros serão mapeadas, de forma complementar, caso tenham se mostrado efetivas.
Inclusão educativa
A inclusão escolar de indivíduos com deficiência ou transtornos do desenvolvimento é reconhecida como um direito social fundamental pelo Estado brasileiro.
Ao contrário da abordagem da educação especial, que envolve a segregação, a educação inclusiva não categoriza e valoriza a diversidade, considerando as necessidades individuais de cada aluno.
Para concretizar essa inclusão, o sistema educacional conta com o apoio de educadores sociais voluntários, que, entre outras responsabilidades, auxiliam estudantes com necessidades especiais, incluindo deficiência e transtorno do espectro autista, em atividades cotidianas como alimentação, locomoção e higienização.
Estudantes com necessidades educacionais especiais e/ou deficiência e transtorno do espectro autista (TEA) são auxiliados pelos educadores sociais voluntários em atividades diárias, como alimentação, locomoção e higienização.
De acordo com a diretora de Estudos e Políticas Sociais (Dipos) do IPEDF, Marcela Machado, “entender a educação inclusiva perpassa por compreender a perspectiva dos educadores sociais voluntários, suas demandas, necessidades e obstáculos, para que os gestores consigam elaborar políticas públicas mais assertivas tanto para os alunos, quanto para quem atua na linha de frente.
As experiências bem-sucedidas de outros estados, que serão mapeadas pela pesquisa, também ajudarão a aprimorar as propostas para a educação inclusiva no DF”.