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Pais denunciam que vagas de escolas públicas do DF foram “reservadas”

Além de dormirem na fila para garantir matrícula, responsáveis contam que estudantes da rede privada têm prioridade. Secretaria nega

atualizado

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Pais de estudantes brasilienses estão revoltados. Não bastasse madrugar nas portas das escolas da rede pública de ensino para garantir a matrícula nas vagas remanescentes, denunciam reserva de vagas para alunos que estão migrando dos colégios particulares. A Secretaria de Educação nega, mas os responsáveis estão dispostos a irem à Justiça com o objetivo de garantir um bom local para o filhos estudarem.

“Moro em São Sebastião. Cheguei a fazer o remanejamento da minha filha para a escola Setor Leste. Fui pessoalmente lá, mas me avisaram que a preferência era para alunos que estavam vindo da rede particular”, disse a dona de casa Marisa Oliveira Duarte.

Ela contou à reportagem que dormiu na fila do Elefante Branco na tentativa de conseguir uma vaga para a adolescente na unidade. Como não conseguiu, a mulher vai tentar uma transferência posteriormente ou até mesmo acionar a Justiça. “Para chegar aqui, minha filha de 14 anos vai ter que pegar muitos ônibus. Fica inviável”, argumenta.

Eliana Alencar mora em Samambaia e também tenta uma vaga para o filho, que cursa o Ensino Médio. “O Elefante Branco, por ser referência, é a minha prioridade”. À reportagem, ela disse ter conhecimento de que o Setor Leste teria 12 vagas disponíveis. “Eu deixei a minha amiga lá na fila ontem, mas as vagas foram preenchidas de forma muito rápida. Todos acabaram indo embora. Ninguém entendeu. O comentário era que elas tinham sido ‘reservadas'”, contou.

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Marisa Oliveira Duarte pretende acionar a Justiça com o objetivo de transferir a filha para o Setor Leste

Por meio de nota, a Secretaria de Educação esclareceu que recebeu a solicitação de matrículas para 36 mil novos estudantes, “não havendo distinção entre os pedidos da comunidade em geral ou da rede privada”, disse o texto.

A pasta reforçou que atendeu 100% da demanda de quatro anos até a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ou seja, daqueles que fizeram inscrição no Telematrícula nos prazos corretos. O período de vagas remanescentes se destina àqueles que não se inscreveram em 2017, aos inscritos que não efetuaram a matrícula no primeiro prazo estipulado pela Secretaria de Educação, de 8 a 18 de janeiro, ou para os matriculados que desejarem mudar a escola designada.

Nesse caso, o responsável deve buscar a unidade de interesse para verificar a disponibilidade de vagas remanescentes. Ao todo, segundo a pasta, foram contabilizadas cerca de 13 mil novas oportunidades distribuídas em mais de 600 unidades escolares.

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