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O drama das 23,5 mil crianças que não têm vagas em creches no DF

Governo tem fracassado em reduzir o déficit. Devido ao problema, mães se veem obrigadas a abandonar seus empregos

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Brasília (DF), 27/09/2018 DF NA REAL Creches Local: Creche Alecrim – Scia Conjunto 8 Cidade Estrutural Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 27/09/2018 DF NA REAL Creches Local: Creche Alecrim – Scia Conjunto 8 Cidade Estrutural Foto: Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A cada dia, cresce o desespero da auxiliar administrativa Gabriela Alves, 31 anos, acerca de um dilema. Ela tem de voltar ao trabalho, nesta semana, após cinco meses – licença-maternidade mais férias –, mas falta alguém para cuidar do filho recém-nascido, Heitor Alves. O bebê e o irmão dele, Hugo Alves, 3 anos, integram um grupo de pelo menos 23,5 mil crianças que dependem de creches públicas ou conveniadas no Distrito Federal, mas carecem de vagas.

O número, divulgado pelo governador e candidato à reeleição, Rodrigo Rollemberg (PSB), causa ainda mais espanto quando confrontado com a quantidade de meninos e meninas de 0 a 3 anos contemplados atualmente pelas creches: 18,9 mil. Ou seja, das 42,4 mil crianças nessa faixa etária, menos da metade dispõe da assistência do Estado, prevista na Constituição Federal. A Carta Magna também reconhece as creches como instituições de educação.

Nesta nona reportagem da série DF na Real – na qual os candidatos ao GDF comentam o que fariam (confira no fim do texto) –, o Metrópoles aborda um problema sem fim: o drama das famílias cujos filhos dependem de creches gratuitas, mas estão fora do radar do poder público. Para não abrirem mão dos cuidados com as crianças, mães sem condição de pagar por instituições privadas se veem forçadas a abandonar o trabalho. Gabriela tenta evitar essa medida.

“A situação ficará grave se eu tiver de sair do trabalho. Teríamos de cortar gastos pela metade. A renda do meu marido, que é autônomo, serviria apenas para pagar aluguel e as contas. Não tenho condições de arcar com os custos de uma creche privada”, diz Gabriela. Ela trabalha como auxiliar administrativa em uma empresa que presta serviço à Controladoria-Geral da União (CGU).

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Gabriela não tem condição de pagar creche para os filhos nem como conciliar cuidados deles com trabalho externo

 

No fim de 2017, ela tentou matricular o primogênito em uma das duas creches conveniadas de Planaltina, onde mora. Essas entidades são privadas, filantrópicas e sem fins lucrativos. Nesses casos, toda a estrutura física, operacional e pedagógica é terceirizada.

Gabriela entrou em lista de espera. Há mais de 200 famílias à frente, tentando vaga na cidade, segundo o último acesso da mulher ao site de acompanhamento. Resta a ela cruzar os dedos para obter vaga em 2019.

Arte/Metrópoles

“Fiz inscrição do Hugo no ano passado, mas não saí do lugar. Não preencho os outros requisitos para pontuar mais e, assim, subir na lista”, lamenta. As condições referidas por Gabriela valem pontos e classificam as famílias na fila. Os critérios também definem aquelas que têm prioridade.

Os requisitos constam do Manual de Procedimentos para Atendimento à Educação Infantil, da Secretaria de Educação do DF (SE-DF). Segundo o documento, servem para pontuação fatores como: baixa renda (participar de programa de assistência social, como o Bolsa Família); medida protetiva; risco nutricional; situação de vulnerabilidade social (com declaração da pasta) e ter mãe trabalhadora.

Quem não se encaixa nesses requisitos, espera por uma reviravolta. É o caso de Mikaele Xavier, 23, mãe de Maria Cecília Xavier, 9 meses. Moradora do Guará II, ela não hesitou logo após o nascimento da filha: saiu do trabalho como auxiliar administrativa e financeira em uma concessionária de automóveis para se dedicar, exclusivamente, à menina. Isso porque não conseguiu vaga em creche.

“Não tenho condição de pagar por isso. Fiz pesquisas em algumas creches particulares. Para a criança ficar das 8h às 17h, custa cerca de R$ 750. Não posso trabalhar para ganhar R$ 1,3 mil e usar metade para creche”, lamenta.

Após a saída definitiva do emprego, Mikaele percebeu que a nova realidade não amenizaria a falta do salário na conta. Ela, então, juntou-se ao marido, e estão trabalhando em banca de manutenção de celulares na Feira dos Importados. Achou um meio-termo enquanto aguarda para tentar novamente matricular Maria Cecília.

Tenho de trazê-la à feira, fico dividida entre ela e o cliente. Em janeiro, vou tentar a matrícula de novo e, se não conseguir, terei de continuar na feira até ela ir para a escola. Infelizmente, houve desfalque financeiro, pois eu recebia tíquete-alimentação e dinheiro certo no fim do mês

Mikaele Xavier, autônoma

Meses antes de Mikaele, Luana Paiva, 39, mãe das gêmeas Lara e Lorena, de 1 ano e 3 meses, tomou decisão semelhante ao deixar o trabalho como auxiliar administrativa. Moradora de Arniqueiras, ela tentou matricular as filhas em uma das quatro creches conveniadas no Guará, em janeiro de 2018. Não logrou êxito.

“Liguei no número 156. Levei todos os documentos pedidos à regional de ensino e fui informada de que teria de esperar ser chamada, quando houvesse vaga”, relata. Luana quer procurar novo emprego. Entretanto, para isso, depende da obtenção de vaga para as caçulas. Além delas, a mulher tem outros dois filhos, de 16 e 21 anos.

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A falta desse tipo de instituição prejudica pais e crianças
"Se eu conseguisse um trabalho em casa, não precisaria de creche", diz Gabriela
Luana Paiva não foi contemplada com vagas para as filhas Lara (à esquerda) e Lorena
Por causa disso, ela não pode voltar a trabalhar
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Vários alunos estariam migrando para as escolas públicas do DF

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A falta desse tipo de instituição prejudica pais e crianças

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"Se eu conseguisse um trabalho em casa, não precisaria de creche", diz Gabriela

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Luana Paiva não foi contemplada com vagas para as filhas Lara (à esquerda) e Lorena

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Por causa disso, ela não pode voltar a trabalhar

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Falta apoio
Enquanto a lista de espera engorda, há quem se esforce para suprir a demanda da população. Principalmente, das cidades mais carentes, como no caso da Estrutural. Lá, a Creche Alecrim atende, voluntariamente, 97 crianças – 48 delas têm de 0 a 3 anos –, de segunda a sexta. “Nosso intuito é atender a comunidade, pois sabemos que as mães daqui têm de trabalhar, mesmo apesar da falta de recursos”, explica a fundadora e coordenadora da instituição, Maria de Jesus Pereira, 32.

A creche funciona há oito anos em um espaço alugado. Para se manter, depende de doações de materiais didáticos e de limpeza, além de roupas e brinquedos. Além disso, o trabalho voluntário é imprescindível. Hoje, cerca de 14 mulheres atuam dessa maneira na instituição.

“Se tivéssemos um pouco de apoio do governo, poderíamos fazer muito mais. Mas esbarramos em burocracia. Para o governo, somos apenas mais uma”, lamenta Maria de Jesus, referindo-se às diversas tentativas de firmar convênio com o GDF, desde 2013.

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Creches são reabertas no DF
Maria de Jesus, fundadora e coordenadora da creche, tem tentado firmar parceria com o GDF
Porém, o local, segundo ela, não atende os requisitos nem tem condição de se adequar
As crianças ficam no local de segunda a sexta
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Creches são reabertas no DF

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Maria de Jesus, fundadora e coordenadora da creche, tem tentado firmar parceria com o GDF

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Porém, o local, segundo ela, não atende os requisitos nem tem condição de se adequar

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As crianças ficam no local de segunda a sexta

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Em média, 14 voluntários atuam no local

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Número assusta
Professora do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento (PED) da Universidade de Brasília (UnB), Regina Pedroza chama a atenção para o alto índice de crianças sem vaga em creches. Ela também ressalta a importância desse tipo de assistência, que, na opinião dela, não tem recebido a atenção necessária por parte dos agentes públicos.

“Os políticos precisam garantir que essas crianças tenham as mesmas possibilidades daquelas de classes média e alta, que vão para creches particulares. É difícil entender como eles não conseguem ver que conjunto de outros problemas passam pela educação nos primeiros anos”, sugere. A especialista salienta que, nessas instituições, as crianças começam a evoluir social e intelectualmente.

Esses espaços que possibilitam desenvolvimento motor e brincadeiras, a criança tem espaço para se relacionar com outras. É preciso estar em grupo até para brigar. Assim, também desenvolve a própria identidade de um ser único, aprende limites, a respeitar o outro para poder ser respeitado. Com isso, adquire recursos de personalidade, criatividade e autonomia

Regina Pedroza, professora da UnB

Regina Pedroza analisa também os prejuízos causados a outra parcela dos afetados pela falta de creches, problema esquecido pelos governos anteriores: as mães. Ela diz que a configuração atual da sociedade, na qual as mulheres conquistam cada vez mais espaço no mercado laboral, torna o tema ainda mais relevante – e urgente.

“A mulher precisa de ajuda do Estado para ter essas soluções, que antes eram encontradas em outras pessoas. Elas recorriam a familiares, como irmãs, mães. Mesmo quem paga babá, não consegue substituir a creche”, destaca.

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Para a especialista Regina Pedroza, creches são fundamentais para desenvolvimento das crianças

 

O outro lado
A Secretaria de Educação do DF afirma que tem ampliado o acesso das crianças. “Atualmente, são 14 creches públicas e 56 conveniadas e 50 Centros de Ensino de Primeira Infância (Cepis) – para meninos e meninas de 0 a 5 anos”, diz.

Ainda segundo a pasta, em 2015, “eram atendidas 9,2 mil crianças” dessa faixa etária. Hoje, esse número dobrou, mas não acompanhou a demanda da população. Nem as metas do Plano Distrital de Educação (PDE) – Lei nº 5.499/2015 –, elaborado pelo atual governo.

O texto é instrumento de planejamento, gestão e integração do sistema de ensino local. Define metas e diretrizes para cumprimento até 2024. Entre elas, “ampliar a oferta de educação infantil em creches públicas e conveniadas”.

Entretanto, o governo não tem alcançado tal expansão. Os números, desde 2016, comprovam isso. Àquela época, havia déficit de 21 mil crianças de 0 a 3 anos. Em 2017, o índice se manteve. Neste ano, há pelo menos 23,5 mil fora das creches. Ou seja, em vez de redução do déficit, considerando o aumento da população ano a ano, houve crescimento.

Veja o que dizem os candidatos ao GDF sobre a falta de creches:

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Antônio Guillen (PSTU): "O grande problema das creches é a falta de investimentos públicos para construção de novas unidades e de concursos para contratação de profissionais de educação. Cidades como a Estrutural não possuem nenhuma creche pública. Atualmente, o GDF entrega para administração do setor privado creches que foram construídas com dinheiro público. Somos contra esse modelo, defendemos uma gestão 100% estatal da rede de educação pública do DF. Com o fim da política de isenção fiscal às grandes empresas e arrecadando dos grandes empresários a dívida ativa do GDF, que está na casa de R$ 31 bilhões, teremos verbas para construir mais unidades, nomear os aprovados do último concurso e realizar novos concursos para a educação"
Eliana Pedrosa (Pros): "É imperativa a necessidade de aumentar o número de vagas em creches. Há projetos prontos e sem execução, como tem dito o próprio governador Rollemberg. Ou seja, não precisamos inventar a roda. Temos de concluir e ampliar o que está planejado, mas, por incompetência não foi feito. Pois há, inclusive, disponibilidade de recursos do governo federal para isso"
Fátima Sousa (PSol): "As creches são essenciais; não apenas porque permitem aos pais trabalharem, mas porque são um instrumento para garantir o direito da criança a um desenvolvimento saudável. Por isso, precisamos cuidar da qualidade dos serviços, que exigem profissionais qualificados e motivados com o seu trabalho, com infraestrutura e recursos adequados para suas funções. Não podemos brincar com as crianças, elas que precisam ter as condições para brincar. Assim, nosso compromisso é com as creches públicas, de qualidade, com um consistente plano pedagógico. O Estado não pode abrir mão da educação de suas crianças"
Ibaneis Rocha (MDB): "Vamos reabrir as creches fechadas, reativar contratos com creches já estabelecidas e fazer convênios com as igrejas para que elas abriguem as crianças. Com isso, o objetivo é reduzir pela metade a espera de 17 mil crianças já no primeiro ano. O custo real por aluno seria da ordem de R$ 986 para atendimento com cinco refeições, monitores e professor, mais a parte da higiene. O dinheiro virá da redução dos subsídios para as empresas de ônibus"
Júlio Miragaya (PT): "Nosso plano de governo prevê a implantação de 70 creches, com o objetivo de atender mais 15 mil crianças, mais do que dobrando o número de crianças atendidas em creches públicas"
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Alexandre Guerra (Novo): "É problema que afeta a vida das famílias, impede o trabalho das mulheres e reduz a capacidade de aprendizado e socialização das crianças. Construir é lento e caro. Somente a preparação de cada licitação e projeto de engenharia, mais o atendimento das regras legais, tomará o primeiro ano. E selecionar ganhadores e resolver as demandas judiciais de sempre, mais um. Aí, lá pelo terceiro do mandato a primeira creche começará a ser construída. Teremos três ações em paralelo: levantar a demanda existente em cada área; definir padrões de qualidade para atendimento das crianças; aprovação das normas para os leilões. Segue-se, então, com aquisição de vagas por meio de leilão público e, conforme a demanda, participando todas as escolas que tenham comprovado capacidade"

Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
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Antônio Guillen (PSTU): "O grande problema das creches é a falta de investimentos públicos para construção de novas unidades e de concursos para contratação de profissionais de educação. Cidades como a Estrutural não possuem nenhuma creche pública. Atualmente, o GDF entrega para administração do setor privado creches que foram construídas com dinheiro público. Somos contra esse modelo, defendemos uma gestão 100% estatal da rede de educação pública do DF. Com o fim da política de isenção fiscal às grandes empresas e arrecadando dos grandes empresários a dívida ativa do GDF, que está na casa de R$ 31 bilhões, teremos verbas para construir mais unidades, nomear os aprovados do último concurso e realizar novos concursos para a educação"

Michael Melo/Metrópoles
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Eliana Pedrosa (Pros): "É imperativa a necessidade de aumentar o número de vagas em creches. Há projetos prontos e sem execução, como tem dito o próprio governador Rollemberg. Ou seja, não precisamos inventar a roda. Temos de concluir e ampliar o que está planejado, mas, por incompetência não foi feito. Pois há, inclusive, disponibilidade de recursos do governo federal para isso"

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Fátima Sousa (PSol): "As creches são essenciais; não apenas porque permitem aos pais trabalharem, mas porque são um instrumento para garantir o direito da criança a um desenvolvimento saudável. Por isso, precisamos cuidar da qualidade dos serviços, que exigem profissionais qualificados e motivados com o seu trabalho, com infraestrutura e recursos adequados para suas funções. Não podemos brincar com as crianças, elas que precisam ter as condições para brincar. Assim, nosso compromisso é com as creches públicas, de qualidade, com um consistente plano pedagógico. O Estado não pode abrir mão da educação de suas crianças"

Hugo Barreto/Metrópoles
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Ibaneis Rocha (MDB): "Vamos reabrir as creches fechadas, reativar contratos com creches já estabelecidas e fazer convênios com as igrejas para que elas abriguem as crianças. Com isso, o objetivo é reduzir pela metade a espera de 17 mil crianças já no primeiro ano. O custo real por aluno seria da ordem de R$ 986 para atendimento com cinco refeições, monitores e professor, mais a parte da higiene. O dinheiro virá da redução dos subsídios para as empresas de ônibus"

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Júlio Miragaya (PT): "Nosso plano de governo prevê a implantação de 70 creches, com o objetivo de atender mais 15 mil crianças, mais do que dobrando o número de crianças atendidas em creches públicas"

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Paulo Chagas: "Há várias maneiras de resolver esse problema. Não determinei como, mas o objetivo é solucioná-lo. Tenho visto em campanhas anteriores candidatos que dão o número de creches que querem fazer. Queremos atender toda a necessidade das famílias, de várias formas: criar creches, convênios com instituições. Abrir leques de opções para que todas as famílias sejam atendidas. Creche é um local seguro para deixar a criança e buscá-la depois. Estive em creche na Estrutural e vi que, com pouca ajuda, a coordenadora poderia multiplicar o serviço bacana que ela faz, mas não tem apoio do governo. Como essa instituição, há várias"

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Renan Rosa (PCO): "O aumento de moradores de rua está diretamente ligado à crise capitalista, acentuada no Brasil com o golpe de Estado, que está promovendo uma profunda destruição do parque industrial nacional. A política do PCO é a de que o Estado tem de garantir condições dignas de vida para todo o povo. Nesse sentido, defendemos a redução da jornada de trabalho para 35 horas sem redução de salários e constituição de frentes de trabalho. Além disso, defendemos um salário mínimo vital de R$ 4 mil. A execução desse programa deve ser resultado da mobilização do todos os explorados e deve estar vinculado à luta por um governo dos trabalhadores"

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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Rodrigo Rollemberg (PSB): "No primeiro mandato, criamos 16 mil vagas para crianças de 4 e 5 anos que buscaram o serviço pelo 156. Para a próxima gestão, vamos universalizar o acesso às creches, assim como na educação infantil. Quando digo isso, falo de todas as crianças de 6 meses a 5 anos. Para atender a essa demanda, serão criadas mais 25 mil vagas na rede pública de ensino. Para isso, vamos fazer a reforma ou construção de 42 Centros de Educação da Primeira Infância. Também assinei uma carta me comprometendo, com a Rede Nacional Primeira Infância, a implementar políticas intersetoriais para a primeira infância nas áreas de saúde, educação e assistência social"

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Alberto Fraga (DEM): Uma grande porcentagem das mulheres é chefe de família, responsável pelo sustento do lar. E elas precisam de apoio, por isso vamos construir novas creches, ampliando o número de vagas. Também quero retomar o ensino integral nas escolas, assim as crianças maiores também terão atividades durante todo o dia. Nossas mulheres são empreendedoras, batalhadoras, mas precisam sair de casa tranquilas, sabendo que seus filhos estarão bem cuidados

Michael Melo/Metrópoles
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Rogério Rosso (PSD): Vamos criar uma rede com as igrejas e instituições sociais para receber as crianças e estimular, inclusive com benefícios, que as empresas criem creches nas suas instalações. O governo deve investir nessas parcerias e não perder tempo no excesso de burocracia para construção de novas creches. É com gestão e otimização das políticas públicas que se resolve essa questão e é isso que vou fazer.

Walterson Rosa/Especial para o Metrópoles

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