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No 1° dia, cobrança de presença na rede pública tem 542 mil cadastros no DF

Ao todo, são 470 mil estudantes e 72 mil educadores no sistema remoto, que passa a registrar presença e avaliar alunos por produção on-line

atualizado

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secretaria de educação cancela ensino integral no CEF 2
1 de 1 secretaria de educação cancela ensino integral no CEF 2 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nesta segunda-feira (13/7), começou a ser obrigatória a participação dos 460 mil alunos da rede pública de ensino no programa Escola em Casa DF, com aferição de presença e avaliação de acordo com a realização das atividades propostas pelos professores on-line.

Em virtude da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Educação do DF retomou o ano letivo no dia 22 de junho de um jeito diferente: por aulas remotas.

Muitas contas já estão ativas entre professores efetivos, substitutos, gestores e estudantes. A pasta trabalha para conseguir disponibilizar o pacote gratuito de dados aos estudantes e professores que ainda não possuem acesso. A expectativa da Educação é a de que o lançamento ocorra até o fim deste mês.

A Secretaria de Educação já cadastrou na plataforma Google Sala de Aula mais de 470 mil estudantes (como o número é maior do que o total de matriculados, pode haver duplicidade de cadastros) e 72 mil profissionais da educação. O último balanço da pasta sobre os acessos ao programa Escola em Casa DF registra 2.523.711 acessos, contabilizando, ainda, 600.159 posts de professores e 32.167 de estudantes.

Adaptação à nova rotina

De acordo com o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), no entanto, as dificuldades para a execução do trabalho remoto continuam.

“A única diferença até o momento que pode ser observada é a obrigatoriedade da frequência dos estudantes. Fora isso, não tem como saber se já está valendo a gratuidade da internet sem o consumo de dados dos alunos que estão utilizando a plataforma”, comentou o diretor do sindicato Samuel Fernandes. “As teleaulas foram suspensas e os 120 mil alunos que não têm acesso aos meios tecnológicos continuam sem, pois não houve investimentos por parte do governo para resolver esse problema”, acrescentou o sindicalista.

Moradora de Sobradinho e aluna do 7º ano do ensino fundamental, Jéssica Alves, 12 anos, já estava assistindo às aulas pela internet durante a pandemia, desde o início do programa. “Eu gosto de assistir pelo computador. Meu colégio, o CEF 3, fez vídeo explicando como estudar e também enviou dicas. Consegui me adaptar bem”, disse a estudante.

A mãe de Jéssica, a dona de casa Márcia Alves, 40, no entanto, afirma que a filha ainda não é tão disciplinada. Ela acha que, com a cobrança da presença, a menina vai ter mais comprometimento para assistir às aulas. “Não tem como ser igual ao ensino presencial, mas acredito que neste momento seja o que dá para fazer. Eu acho bom o retorno para essas crianças não ficarem com um ano perdido. Aqui, conseguimos o cadastro e o acesso é tranquilo”, afirmou.

Márcia acredita que outros alunos tenham mais problemas. “Muitas crianças não possuem computador e internet em casa. Na frente do computador, também é muito mais fácil distrair. Mas precisamos ajudar os nossos filhos a se concentrarem nas aulas neste momento”, completou.

O adolescente João Guilherme Vasconcelos, 16 anos, é estudante do 1º ano do ensino médio e estuda em Ceilândia. Ele mora no Sol Nascente e disse que sua conexão na rede não é muito boa. “Quando a internet tá boa, dá pra assistir. Eu não tava entrando muito nas aulas. Agora que tá cobrando a participação, vou entrar. Por mim, essas aulas não voltariam assim. Tenho outros amigos que não conseguem assistir nada”, reclamou.

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No Brasil, mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas
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O valor do fornecimento de refeição às crianças será de R$ 150 em parcela fixa repassada mensalmente ao beneficiário

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No Brasil, mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas

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Plataforma do GDF para aulas em casa

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Como funciona

Os acessos são feitos pelo aplicativo Google Sala de Aula. Quem não tiver conexão à internet pode solicitar as atividades de ensino por meio de material impresso, que vai ser entregue pelas próprias escolas.

A cada 15 dias, as atividades dos alunos devem ser entregues aos colégios para que os professores possam avaliá-las. A presença, nesse caso, será aferida conforme o retorno dos deveres propostos.

“Vamos enfrentar esse desafio juntos, unidos em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade no Distrito Federal”, destaca o secretário de Educação, Leandro Cruz.

Para fazer uso da plataforma, o estudante precisa, primeiro, entrar no endereço www.escolaemcasa.se.df.gov.br e, então, fazer o login com o e-mail cadastrado pela Secretaria de Educação e colocar a senha. O e-mail do estudante é formado por: primeiro nome + código do estudante (disponível no boletim escolar) +@estudante.se.df.gov.br.

Em casos de problema com o e-mail cadastrado, é preciso procurar a secretaria escolar da unidade.

Balanço

Os dados de balanço do primeiro dia serão levantados nesta terça-feira (14/7). A Secretaria de Educação vai acompanhar o andamento das aulas on-line na plataforma diariamente.

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