Mesmo sem calendário oficial, começa reposição de aulas na rede pública

Após a suspensão da greve dos professores da rede pública do DF, a reposição de aulas teve início neste sábado (14/11). Algumas escolas preferiram não esperar a divulgação do calendário pela Secretaria de Educação. Foram 29 dias de paralisação, sendo 19 dias letivos.

No Centro de Ensino Fundamental Polivalente, na 913 Sul, os aulos foram convocados para aulas pela manhã e à tarde. Os irmãos gêmeos Samuel Mendes e Marcelo Mendes, de 12 anos, chegaram por volta de 13h20 para aulas de artes, geografia e inglês. Apesar do pouco ânimo para estudar no fim de semana, a mãe, Ana Carneiro, 47 anos, acredita que eles tenham ciência da importância da reposição.

“Eles sabem que as escolas públicas têm esse tipo de problema e cabe a eles entender que é necessário esse esforço nos próximos meses para retomar o aprendizado”, disse. Ainda assim, ela acha que a pausa pode dificultar um pouco: “Toda quebra acaba gerando um atraso, mas acredito que eles consigam colocar as coisas em ordem”.

Marilda dos Santos, de 35 anos, espera que a reposição seja feita adequadamente. “Sabemos que será difícil, mas cobraremos que essas aulas que eram para ter sido dadas sejam efetivamente colocadas em prática”, afirma a mãe de Emanuele dos Santos, 11 anos.

Segundo o Secretario de Educação, Julio Gregório, as diretrizes gerais são de cumprimento dos 200 dias letivos, sendo possível utilizar os sábados para a reposição. Domingos e feriados não podem ser usados para aulas. O esperado é que o ano escolar dos colégios que aderiram a greve termine apenas em janeiro.

O secretário afirmou que as famílias dos alunos devem receber, no início da semana, um calendário adequado à turma do estudante, uma vez que as condições durante a greve foram variadas até mesmo dentro dos colégios, já que nem todos os professores aderiram à paralisação.