Maioria dos candidatos do Enem no DF é mulher, parda e já terminou o ensino médio
Perfil dos estudantes interessados nas provas, que ocorrem no fim de semana, mostra que oportunidades do exame não atraem só adolescentes
atualizado
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As mulheres são maioria entre os alunos do DF inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Elas representam cerca de 57,5% dos 162.199 estudantes esperados na aplicação das provas, que ocorrerão nos dias 24 e 25 de outubro.
Os dados das inscrições, obtidos com exclusividade pelo Metrópoles, mostram também que a maior parte dos candidatos brasilienses já concluiu o ensino médio. Mais de 97 mil têm o diploma da educação básica e buscam uma nova oportunidade com o Enem. Apenas dois em cada 10 participantes vão terminar o ensino médio este ano.
A idade declarada pelos candidatos confirma que as possibilidades abertas pelo exame – utilizado como seleção por muitas universidades – atraem não só adolescentes. Entre os inscritos, 95.504 têm mais de 20 anos. Apenas 19 mil estão com 17 anos, quando se espera que um jovem termine o ensino médio.O número de alunos com 16 anos ou menos, provavelmente os que fazem as provas para treinar, é de 10 mil. Além disso, 43 idosos solicitaram atendimento específico.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 81,6 mil estudantes se declararam de cor parda e 23,6 mil, preta. Os que se consideram brancos somam 46 mil jovens. Os indígenas ainda são minoria: apenas 897 farão as provas.
Suporte especial
Em todo o país, 7,7 milhões de estudantes farão as provas no próximo fim de semana. As avaliações são compostas por 180 questões de múltipla escolha e uma redação. Para encarar a maratona, muitos candidatos precisam de uma ajudinha extra.
Foram 1.990 pedidos por atendimento especializado, que incluem salas especiais, provas ampliadas, intérpretes e ledores, a depender da necessidade de cada inscrito. Entre os alunos que precisarão de auxílio, a maioria é deficiente físico (567). Há também 360 alunos com déficit de atenção, 252 com baixa visão, 212 com deficiência auditiva, 109 têm deficiência intelectual, 36 surdos e 19 cegos.
Os candidatos travestis – cinco no DF – também recebem atendimento diferenciado. Apesar de terem se inscrito com seus nomes de batismo por razões de segurança, eles serão tratados pelo nome social durante a prova.