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Greve deixará alunos da rede pública do DF sem merenda nas escolas

Terceirizados reclamam da falta de pagamento do salário referente a outubro. Empresa afirma que Secretaria de Educação não fez repasses

atualizado

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Andre Borges/Agência Brasília
Mãos segurando colher tirando comida de panela e colocando em prato
1 de 1 Mãos segurando colher tirando comida de panela e colocando em prato - Foto: Andre Borges/Agência Brasília

As últimas semanas da gestão do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) podem ser marcadas por uma nova greve. A partir de segunda-feira (19/11), as crianças matriculadas em escolas públicas do Distrito Federal vão ficar sem merenda e sem limpeza nos colégios.

Um total de 4,1 mil contratados das empresas Juiz de Fora, Servegel e G&E Serviços, entre merendeiras e prestadores de serviços de limpeza que atuam na rede pública de ensino, vão entrar em greve por não terem recebido o pagamento referente ao mês de outubro.

O dinheiro deveria ser pago no quinto dia útil de novembro: o prazo venceu na última quinta-feira (7/11) e, além do salário, os terceirizados também ficaram sem os valores referentes ao tíquete- alimentação.

De acordo com o Sindiserviços, sindicato que representa os trabalhadores terceirizados no Distrito Federal, as cidades de Planaltina, Paranoá, Itapoã, Sobradinho, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, Gama, Santa Maria, Samambaia, São Sebastião, Ceilândia e Plano Piloto terão os serviços realizados por apenas 30% da categoria, conforme determina a lei.

Na limpeza, o sindicato informa que são 2,3 mil empregados da empresa Juiz de Fora, 300 da Servegel e 1,5 mil cozinheiras e cozinheiros ligados à G&E Serviços. Os sindicalistas reclamam dos constantes atrasos nos salários dos terceirizados na área da educação e também pela falta de previsão de pagamento por parte das empresas e do GDF.

Segundo o Sindiserviços, a situação se repetiu ao longo de toda a gestão Rollemberg, e não surpreende que fato semelhante ocorra às vésperas de o governador deixar o Palácio do Buriti.

“O governo Rollemberg levou uma ‘demissão por justa causa’ ao perder a reeleição e pode ser que, daqui para a frente, a situação melhore”, disse Antonio de Pádua, um dos diretores da entidade, referindo-se à mudança na administração a partir de 1º de janeiro.

A G&E Serviços explicou ao Metrópoles que o atraso é resultado da falta de pagamento da Secretaria de Educação com a prestadora. Informou ainda que, diariamente, um dos representantes da empresa visita a pasta para cobrar o repasse, mas não há previsão de quitação das dívidas por parte do governo.

Acionada, a empresa Juiz de Fora não retornou os contatos feitos pela reportagem. Os telefones que constam ser da empresa Servegel não existem.

Outro lado
Procurada, a Secretaria de Educação informou que “apresenta todos os empenhos para realizar os pagamentos às empresas prestadoras de serviços de limpeza, vigilância e cocção de alimentos, conforme a disponibilidade orçamentária”.

Ainda na nota, a pasta esclarece que, “sobre o caso específico da empresa Juiz de Fora, todos os pagamentos até setembro de 2018 estão em dia. Para o pagamento de outubro, os trâmites normais estão seguindo o prazo, conforme o previsto em lei”.

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