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Gestão compartilhada começa hoje em mais 5 escolas. Gisno fica fora

Governador Ibaneis Rocha ressaltou que professores, diretores e servidores que não quiserem participar do modelo podem pedir transferência

atualizado

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Gestão compartilhada nas escolas do DF com a PMDF
1 de 1 Gestão compartilhada nas escolas do DF com a PMDF - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A implementação da gestão compartilhada de mais cinco escolas do Distrito Federal começa nesta terça-feira (20/08/2019). A primeira etapa para parceria entre as secretarias de Educação e de Segurança envolve alinhamentos entre as duas pastas. É nessa fase que são passados detalhes, formas, ações e procedimentos a serem adotados pelos integrantes do novo modelo. Só mais para frente a mudança aparecerá nos pátios e salas de aulas dos colégios do DF.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) ressaltou que professores, diretores e servidores que não quiserem participar do modelo podem pedir transferência para outras escolas. “Não vamos forçá-los a trabalhar em modelo nenhum”, esclareceu. Até 2022, 40 escolas terão compartilhamento de gestão.

Encontram-se, a partir de agora, as equipes do Centro de Ensino Fundamental 19 de Taguatinga (CEF 19), do CEF 407 de Samambaia, do CEF 1 do Núcleo Bandeirante e do Centro Educacional 1 do Itapoã (CED 1). “A partir de amanhã [terça-feira] começamos as tratativas com os diretores para viabilizar o modelo. É etapa de reconhecimento. Há todo um processo de adaptação”, explica o secretário de Segurança, Anderson Torres.

A mudança é feita em etapas. Depois dos alinhamentos internos que envolvem as alterações administrativas da gestão, agora compartilhada, as novas formas de funcionamento são repassadas aos professores e servidores – como maior rigidez no horário e formação de entrada. Por fim, começa a adaptação junto aos alunos e tem início, de fato, o novo modelo. No CED Condomínio Estância III de Planaltina, as conversas entre as partes estão em andamento.

Secretário exonerado

A rejeição da gestão compartilhada no CEF 407 de Samambaia e no Gisno (Asa Norte) e a decisão do governador Ibaneis Rocha de implementar o modelo mesmo assim abriu um embate dentro e fora do GDF. Na noite desta segunda, o Palácio do Buriti anunciou a exoneração do secretário de Educação, Rafael Parente. Em seu lugar, assumirá o atual secretário de Trabalho, João Pedro Ferraz, ex-procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Ibaneis anunciou ainda que decidiu que manterá a gestão compartilhada no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 407 de Samambaia, mas abrirá o debate em relação ao Gisno, na Asa Norte. No último sábado (17/08/2019), as duas unidades rejeitaram, em votação de pais, alunos e professores, o modelo.

Na tarde desta segunda, o governador deu duras declarações contra aqueles que são contrários à militarização das escolas: “Chega de esquerdismos, chega de esquerdopatas… Se quiserem suspender, que vão à Justiça”.

Segundo Ibaneis, o processo de consulta vai continuar, mas não é determinante para a adoção do novo modelo. O objetivo dos plebiscitos, de acordo com o governador, é explicar à comunidade o sistema de administração compartilhada entre a Secretaria de Educação e a pasta da Segurança. “Eu não vou deixar a cidade ser aprisionada por uma esquerda que ficou no passado. Teve a oportunidade de governar e não fez nada pela cidade”, completou, em referência às críticas feitas pelo Sindicato dos Professores (Sinpro) e de parte dos deputados da Câmara Legislativa.

Mais segurança

O modelo de gestão compartilhada busca uma educação de excelência para os estudantes da rede distrital, o enfrentamento à violência no ambiente escolar, a promoção da cultura de paz e o pleno exercício da cidadania. A parte pedagógica continua a cargo dos professores, dos diretores e dos orientadores.

A segurança, incluindo a entrada e a saída dos estudantes, fica com a Polícia Militar, que também trabalha no dia-a-dia dos estudantes com conceitos de ética e de cidadania, além de promoverem atividades esportivas e musicais nos chamados contraturnos.

Ibaneis Rocha explicou que estudos do Ministério da Saúde anexados ao projeto apontam altos índices de criminalidade e de usuários de drogas nas regiões dos colégios com determinação de compartilhamento de gestão.

O chefe do Executivo ressaltou que as escolas que iniciaram a gestão dividida no início do ano não registraram novos casos de violência. “Pelo contrário, houve pacificação nessas regiões que eram violentas”, observou. Para ele, consultas locais são necessárias para explicar e desmistificar o projeto e para que pais, professores e toda a comunidade escolar possam conhecer e se familiarizar.

Quatro escolas iniciaram o ano letivo com o novo modelo de gestão: Centro Educacional (CED) 3 de Sobradinho, CED 1 da Estrutural, CED 7 de Ceilândia e CED 308 do Recanto das Emas. O critério de escolha tem como parâmetro o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), assim como ocorrências criminais nas regiões das instituições de ensino. (Com informações da Agência Brasília)

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