GDF atrasa PDAF e volta às aulas pode ser prejudicada, dizem escolas
Educadores afirmam não haver dinheiro para pequenos reparos, merenda e produto de limpeza. Buriti garante pagamento para os próximos dias
atualizado
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Na manhã desta quarta-feira (3/1), cerca de 30 diretores de escolas públicas do DF se reuniram na Coordenação Regional de Ceilândia para discutir uma maneira de pressionar o Governo do Distrito Federal (GDF) a liberar os recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF). É com essa verba que as instituições de ensino custeiam despesas como a compra de material didático, a manutenção de equipamentos e pequenos reparos, além da execução de projetos pedagógicos.
“Resumindo, é com esse dinheiro que a gente compra o açúcar para o lanche, o material que faz a impressora funcionar, os produtos de limpeza para manter a escola aberta e até mesmo arrumamos uma torneira que estraga”, explica Mabel Pereira, diretora do Escola Classe 13 de Ceilândia. Ainda de acordo com ela, se o dinheiro não chegar logo, o retorno dos alunos para o ano letivo, que começa no dia 15 de fevereiro, pode ser prejudicado.
“O cálculo do valor destinado a cada escola é feito conforme estipulado na Portaria nº 134, de 2012. O contrato com as empresas que fazem a manutenção das escolas também foi renovado para que as unidades recebam os reparos necessários antes do início do ano letivo”, completou a Pasta.
Presentes na reunião, os deputados distritais Chico Vigilante e Wasny de Roure, ambos do PT, prometeram organizar um encontro entre diretores, professores e secretários de Educação, Júlio Gregório Filho, e de Fazenda, Wilson de Paula.
“É uma situação grave que o Governo do Distrito Federal necessita solucionar de imediato. Vou procurar o governador Rodrigo Rollemberg para que ele resolva esse problema enfrentado pela educação pública do Distrito Federal”, informou Vigilante.
“Os professores, que deveriam estar desfrutando as suas férias, estão preparando as escolas sem a menor condição de utilizar os recursos que lhes caberiam. São mais de 90 escolas só na Ceilândia. Estamos esperando a definição do horário de uma reunião que pedimos para amanhã (4/1) com o secretário de Fazenda. A ida ao Ministério Público não pode ser descartada. Naturalmente, se acionado, o MP não vai deixar de observar essa situação”, afirmou Wasny, que é presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa do DF.