Fim da greve: professores da UnB aceitam proposta do governo
Os professores da Universidade de Brasília (UnB) estavam em greve desde 15 de abril. Docentes devem voltar às salas de aula em 26 de junho
atualizado
Compartilhar notícia
Professores da Universidade de Brasília (UnB) deram fim à greve. Em assembleia realizada nesta quinta-feira (20/6), os docentes analisaram a proposta do governo federal às demandas da categoria e concordaram em retornar às salas de aula a partir da próxima semana. A previsão inicial é que a categoria volte em 26 de junho, quarta-feira.
Os docentes da universidade estavam em greve desde 15 de abril. Na assembleia desta quinta, foi aprovada a saída da greve com a aprovação da proposta feita pelo Governo Federal à paralisação que ocorria de forma nacional.
Eliene Novaes, presidente da Associação dos Docentes da UnB (AdUnB), avalia que a proposta do governo, apesar de aprovada, ainda não satisfaz todos os docentes. “Nossa categoria deliberou pelo fim da greve em 26 de junho, proposta que será levada para o comando nacional. Houve uma aprovação da proposta apresentada pelo MEC, mas ainda não atendem todas as demandas da categoria”, diz.
Ela frisou que a assembleia ainda irá definir uma reorganização do calendário acadêmico e do semestre. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) vai se reunir na próxima quinta-feira (27/6) para discutir ajustes no calendário acadêmico. A reunião está marcada para as 14h30, no Auditório da Reitoria.
Propostas
Aos docentes o governo propôs um reajuste em duas parcelas, válido para os dois próximos anos e dividido da seguinte maneira: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Também foi acertada a reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. O acordo terá impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.
Professores de universidades e institutos federais terão até sexta-feira (21/6) para fazerem suas assembleias e deliberar sobre o acordo com o governo federal e o fim da greve docente. No domingo (23/6), a direção deverá reunir os resultados dessas assembleias.
Para os técnicos, o governo propôs reajuste de 9% em 2025 e de 5% em 2026, aceleração na progressão na carreira e incentivo à qualificação dos servidores.
Caso haja concordância das entidades, os valores necessários para os reajustes no próximo ano deverão ser reservados na peça orçamentária de 2025, que o governo enviará ao Congresso Nacional até o fim de agosto.