Faculdade de Saúde é ocupada e alunos se enfrentam na UnB
Estudantes contrários à ocupação pressionam para que os colegas deixam a unidade, tomada nesta quarta (9/11)
atualizado
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O clima é tenso na Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB). A unidade foi ocupada pelos estudantes na madrugada desta quarta-feira (9/11). Mas os alunos de medicina, odontologia e enfermagem, contrários ao ato, querem que os colegas do curso de saúde coletiva saiam do local, conforme mostra o vídeo abaixo.
Agora à tarde, professores estiveram no local tentando acalmar os ânimos. Enquanto isso, alunos fizeram uma nova assembleia para definir os rumos da ocupação. Ficou definido que ao menos até esta quinta-feira (10) o local seguirá ocupado, dia em que uma nova reunião está agendada.
Pagamentos
Em nota, a Reitoria da Universidade de Brasília informou que a folha de pagamento dos técnicos e docentes está sendo processada. “Como o processamento está sendo feito em condições precárias, fora das instalações do prédio da Reitoria, é importante ressaltar que as folhas de pagamento sairão com problemas, uma vez que as condições de trabalho estão longe das ideais. Pensões e 13° salário estão garantidos. No entanto, os servidores docentes e técnicos recém-contratados poderão não receber, assim como as autorizações de afastamentos do país e os pagamentos de férias poderão não ocorrer”, traz o comunicado.
Ocupação nas escolas
Também na manhã desta quarta, os Centros de Educação 03 e 10, de Brazlândia, foram tomados. Com isso, subiu para cinco o número de escolas públicas do DF ocupadas. As outras três são: os Centros de Ensino Médio 01 de São Sebastião, 01 do Guará e 06 de Ceilândia .
Segundo a Secretaria de Educação do DF, as unidades escolares atendem cerca de 5,3 mil alunos. “Representantes da Secretaria de Educação mantêm constante diálogo com os estudantes buscando a desocupação das escolas de maneira pacífica. As ocupações prejudicam o andamento das aulas na rede pública de ensino e a negociação entre a pasta e os manifestantes busca garantir que as aulas ocorram normalmente, sem que haja prejuízo dos conteúdos ofertados”, afirmou a pasta, em nota.
Como vem ocorrendo em outras universidades e escolas brasileiras, alunos da UnB e dos centros de ensino do DF decidiram pela ocupação por serem contrários à Proposta de Emenda à Constituição 55 (antiga PEC 241), que estipula um teto para os gastos públicos por 20 anos. Eles também são contra a medida provisória do ensino médio e criticam os projetos de lei que preveem a “Escola sem Partido”.