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Diretores de escola de Sobradinho são afastados por irregularidades

A administração do colégio, conhecido como Ginásio, que foi destaque no PAS 2015, sofreu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD)

atualizado

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Centro de Ensino Médio 1 Sobradinho
1 de 1 Centro de Ensino Médio 1 Sobradinho - Foto: Reprodução/Google Street View

Se perguntarem a um morador de Sobradinho o nome de uma escola pública, com certeza, o primeiro a ser dito será o do Centro de Ensino Médio 1, conhecido como Ginásio. O colégio tem um histórico de bons resultados nos processos seletivos para as universidades federais e, em 2015, aprovou, 64 alunos na Universidade de Brasília, pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS). A escola, agora, volta a ser alvo dos holofotes. Mas o motivo é bem diferente.  Os diretores do CEM 1 foram afastados de suas atividades por suspeita de irregularidades.

Na última segunda-feira (6/6), Ari Luiz Alves Pae e Fabianny Wilmaria Almeida Sousa viram no Diário Oficial do Distrito Federal a suspensão de suas atividades por 30 dias. O diretor e vice-diretora da escola respondem a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que apura irregularidades durante a gestão da dupla. Em entrevista, Pae contou que está sendo acusado de sete coisas diferentes. “Estou há anos na Secretaria de Educação e não esperava chegar aos meus 53 anos e ter que passar por isso”, lamentou.

Privatização de área pública, Projeto Político Pedagógico (PPP) em desacordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), desobediência, falta de prestação de contas… Essas são algumas das queixas apresentadas contra a administração do Ginásio. Para todas elas, o diretor apresentou uma justificativa: “É uma perseguição política”.

A área do CEM 1 abriga também um jardim de infância, a biblioteca pública da cidade e uma agência do Banco de Brasília (BRB). Para conter o tráfico de drogas na área e a intimidação que a professora de educação física da instituição sofria, Pae explicou que construiu um alambrado fechando o perímetro das quadras poliesportivas. A decisão, no entanto, não agradou a comunidade. De acordo com a Regional de Ensino de Sobradinho, o “muro” bloqueou a entrada da biblioteca e recebeu uma enxurrada de criticas.

Alexandre Galdino, assessor jurídico do coordenador da Regional, Marco Aurélio Vieira de Souza, apontou que uma empresa especializada foi chamada para apresentar uma solução para caso. “Ele não acatou. Afirmou que o alambrado continuaria ali, mas não impediria o acesso aos outros locais. Tentamos resolver, mas a petulância e arrogância dessa gestão não o permitiram aceitar a proposta”, comentou Galdino.

Outra polêmica é o projeto pedagógico da escola. O diretor conta que 20% da nota do estudante depende da frequência, da realização de tarefas e de sua disciplina. “Chama-se avaliação formativa. Esse método foi elaborado por todo o corpo docente. No entanto, alegam que não condiz com as normas da LDB”.

O assessor jurídico reiterou que o projeto instituído no colégio, de fato, está em desacordo com o regimento interno da Secretaria de Educação. Além disso, ressaltou que o número de reclamações de professores do próprio Ginásio, de pais e de alunos só aumentou na ouvidoria da Regional e que Pae acolheu um evento político do Partido dos Trabalhadores (PT) no auditório do CEM 1 sem pedir autorização à secretaria. “Até o Ministério Público recebeu denúncias contra a direção do CEM 1. E, até hoje, o diretor não tomou nenhuma providência em relação às acusações apontadas no PAD”, relatou Galdino.

Em nota, a Secretaria de Educação confirmou o afastamento da equipe gestora por 30 dias e disse que o julgamento ainda cabe recurso. Para as funções, serão nomeados servidores efetivos da pasta em portaria a ser publicada nos próximos dias. “Vou recorrer. Estou sofrendo uma perseguição política”, finalizou Pae.

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