DF: professores do Alub voltam às salas de aula nesta quinta-feira
Segundo docentes, funcionários e alunos do colégio, a entrada em sala de aula ocorreu por volta das 7h10
atualizado
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Após professores sem receber salários cruzarem os braços por dois dias e alunos do colégio Alub da 913 Norte terem ficado sem aula, as atividades foram retomadas normalmente na instituição, nesta quinta-feira (08/08/2019).
Segundo professores, funcionários e alunos do colégio, a entrada em sala de aula ocorreu por volta das 7h10. Na tarde de quarta (07/08/2019), coordenadores da escola garantiram a volta das aulas nesta quinta e informaram aos responsáveis que será possível terminar o ano sem prejudicar os estudantes.
Veja vídeos da reunião de quarta:
O Metrópoles foi até o local nesta manhã e constatou a movimentação. Um funcionário que não quis se identificar comentou que a direção se comprometeu a depositar os dois meses de salários atrasados até o próximo dia 15.
“Houve concordância entre a direção e os trabalhadores e, por isso, os professores decidiram voltar para as salas. Hoje (quinta-feira), estão todos dando aula. Vamos aguardar o esperado e prometido”, afirmou o funcionário.
Uma aluna do 2° ano do ensino médio chegou atrasada e aguardava para entrar na escola no segundo horário. Ela também disse que os professores estavam em sala. Procurada pela reportagem, a diretora da unidade não recebeu a equipe.
Paralisação
O diretor jurídico do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino no DF (Sinproep), Rodrigo de Paula, confirmou que as aulas ocorrerão normalmente conforme o combinado até o fim desta semana. Caso não haja nenhum retorno de pelo menos 50% da dívida depositada até esta sexta, uma nova paralisação deve ocorrer na próxima segunda-feira (12/08/2019).
“Os professores deram um voto de confiança ao Alub e decidiram retomar as atividades. No entanto, o pagamento de pelo menos um dos meses atrasados deve ser realizado até esta amanhã (08/08/2019). Caso o acordo não seja cumprido, na próxima semana, trabalhadores de outras unidades da instituição também ameaçam parar”, disse.
O Sinproep informou ainda que, por toda a situação, alguns professores já demonstraram interesse em pedir demissão do Alub. “Nesse caso, havendo o não cumprimento das cláusulas do contrato, a Justiça entende que o empregado que demite o empregador e os professores não perdem nenhum direito adquirido”, acrescentou.
Com os salários dos funcionários atrasados, a entidade entrou com ação no Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o colégio. A ata da audiência pública realizada em 11 de julho revela que o Alub estaria endividado com o Banco Bradesco e os salários dos meses de maio e junho deste ano estariam atrasados, além do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que não vem sendo recolhido desde setembro do ano passado.
O outro lado
Em nota, o Alub esclareceu que houve um problema pontual envolvendo um grupo de docentes do ensino médio da unidade da Asa Norte que estão preocupados com a situação financeira. “A paralisação momentânea gerou informações desencontradas envolvendo os professores, os alunos e os pais”, ressaltou.
Como medida, a instituição resolveu suspender as aulas de quarta e chamar os pais e professores para dialogar com o objetivo de esclarecer os fatos. A direção informou ainda que é importante lembrar que o problema não irá gerar prejuízo pedagógico para os alunos, que terão reposição do conteúdo que seria ministrado nesses dias letivos e que irão continuar as atividades normalmente.
“Estamos tomando todas as medidas necessárias para superar essas questões, inclusive no que tange à contratação de novos professores. Temos um compromisso com a qualidade e de comprometimento com a educação”, diz o texto.