Candidatos à Reitoria da UnB apresentam propostas para campus do Gama
Num clima um pouco mais acalorado do que o do encontro anterior, os três postulantes ao cargo máximo da instituição fizeram perguntas entre si e responderam questionamentos dos alunos, professores e servidores técnico-administrativos. A situação da unidade foi o principal assunto
atualizado
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A falta de segurança e de infraestrutura na Faculdade UnB Gama (FGA) foram os temas que nortearam o segundo debate dos candidatos à reitoria da Universidade de Brasília, no auditório do local. Inaugurado em 2011, o campus faz parte do projeto de extensão da instituição e abriga os cursos de engenharia aeroespacial, automotiva eletrônica, de anergia e software. Num clima um pouco mais acalorado do que o da primeira edição, os três candidatos ao cargo máximo da instituição de ensino superior iniciaram o debate às 11h30 desta terça-feira (16/8), fizeram perguntas entre si e responderam questionamentos dos alunos, professores e servidores técnico-administrativos.
Concorrem ao cargo os professores Denise Bomtempo e José Manoel Sánchez, da Chapa 93 – UnB (Diálogo e Ação). A Chapa 94 (Diálogo para avançar) é composta pela geóloga Márcia Abrahão e pelo linguista Enrique Huelva. Ivan Camargo, engenheiro elétrico e atual reitor, e Sônia Báo, bióloga, disputam a reeleição pela Chapa 95 (Somos Todos UnB).Durante o debate, mediado pelo jornalista Hélio Doyle, eles lembraram a importância de tirar do papel o Parque Científico e Tecnológico do DF. Para os candidatos, o tema e a construção do espaço afetam diretamente a vida dos estudantes das diferentes engenharias do campus. Eles reclamaram da demora na construção do parque, que é discutido há mais de 15 anos. Baseada no relatório de gestão, que mostra dados da UnB até 2015, a professora Denise Bomtempo questionou o atual reitor, Ivan Camargo, sobre os motivos de a captação de recursos ter se mantido no mesmo patamar desde 2012.
Naquele ano, o resultado da captação era R$ 194 milhões e, em 2015, foi de R$ 193 milhões. Camargo lembrou que houve uma mudança de paradigma sobre o aceitamento da Fundação de Apoio como captadora de recursos. “Precisamos de dinheiro para pesquisa. Estamos tentando fazer como as grandes universidades da Europa. Portanto, agora, acho que esse é o caminho”, afirmou.
Obras não concluídas
A professora Márcia Abrahão cobrou a execução do orçamento da UnB e o término do estacionamento e do cercamento da unidade do Gama. “Houve uma promessa em 4 d outubro de 2013 de construir a cerca do Gama. Passaram três anos e isso ainda não aconteceu. Ela vai ficar pronta? A universidade encontra dificuldades para realizar obras”, afirmou a geóloga. O reitor justificou que a empresa que faria a cerca faliu, que foi uma excepcionalidade. Mas garantiu que ficará pronta até o fim de 2016.
A candidata Denise Bomtempo questionou Marcia Abrahão sobre a questão de gênero e direitos da mulher. Denise citou o caso de uma estudante que foi vítima de violência sexual e precisava da transferência do Paraná para a UnB, mas teve o pedido negado. Marcia afirmou que foi uma decisão da UnB, por não ter a modalidade de transferência excepcional.
“Nenhum caso pode ser isolado, precisamos de políticas que combatam a violência contra a mulher. O Decanato de Assuntos Comunitários tem que fazer isso. As famílias ficam destruídas, precisamos de políticas para as mulheres”, afirmou Denise. A candidata Marcia ressaltou a importância do tema e frisou que, se eleita, fará parcerias com o GDF para construir creches nos quatro campus.
O próximo debate dos candidatos será na quinta-feira (18), na Faculdade de Planaltina. As eleições, com consulta à comunidade acadêmica acontecem em 30 e 31 de agosto.