Brigas entre estudantes marcam semana violenta em escolas do DF. Veja vídeo
Adolescente apanhou até desmaiar em colégio de Ceilândia. No Itapoã, garota também foi espancada por colegas
atualizado
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Duas brigas entre estudantes de colégios da rede pública do DF na última quinta-feira (17/12) ganharam destaque nas redes sociais. Em Ceilândia, uma adolescente chegou a desmaiar após receber socos e chutes. A briga envolveu três jovens do Centro de Ensino Fundamental 2. Segundo testemunhas, as alunas já se provocavam há tempos em sala de aula.
Em nota, a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Distrito Federal informou que a equipe gestora do colégio tomou ciência da briga ocorrida fora da escola e convocou apoio do Conselho Tutelar.
Ainda segundo a secretaria, os responsáveis pelas alunas foram convocados pela direção para uma reunião na escola. O Conselho Tutelar sugeriu o remanejamento de duas estudantes para outras unidades educacionais. A terceira jovem concluiu a etapa de ensino que a escola oferece e, consequentemente, irá dar continuidade aos estudos em outra unidade.
O outro episódio ocorreu no Centro de Ensino Fundamental Doutora Zilda Arns, no Paranoá. Lá, duas adolescentes também brigaram na saída da aula. Uma delas teve a cabeça chacoalhada, chegando a batê-la no chão. Enquanto isso, os espectadores seguiam xingando a menina.
Segundo a Secretaria de Educação, a equipe gestora da instituição educacional também entrou em contato com os pais das jovens com prontidão. Os responsáveis foram convocados pela direção para uma reunião no colégio. Um compareceu na sexta-feira (18) e outro no sábado (19). Ficou acertado com as famílias das alunas uma conversa com a presença de um integrante da Coordenação Regional de Ensino do Paranoá nesta segunda-feira (21). No encontro, serão tomadas as decisões referentes ao caso. As famílias registraram ocorrência no Batalhão Escolar.
Convivência escolar
Para a orientadora educacional Michelle Ribeiro Confessor, programas implementados nos últimos anos na rede pública devem surtir mais efeito em breve. “Desde 2012, temos adotado uma política de formação de convivência escolar, que visam aspectos humanos da educação. Assim, professores têm recebido maior preparo para mediação e resolução de conflitos. Claro que não há como acabar com a violência, mas a expectativa é a diminuição no número de casos e, nas situações mais graves, que não cheguem às agressões físicas que presenciamos”, relata.
A profissional da educação ressalta também a importância de familiares para a diminuição da violência nas escolas. “Percebe-se que muitos casos são frutos da ausência de referências para esses jovens. É fundamental que pais e responsáveis dediquem parte do seu tempo para o diálogo. Sabemos que o tempo é corrido, mas não custa perguntar de vez em quando ‘Como foi na escola?’ ou ‘Está com algum problema’. Conversas desse tipo podem evitar situações de desgaste futuras”, acredita a especialista.
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