Associação de professores pede que semestre seja suspenso na UnB
Solicitação pede que um novo calendário acadêmico seja pensado apenas quando a situação de quarentena por causa do coronavírus for suspensa
atualizado
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A Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) pediu ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da instituição que as atividades de ensino sejam suspensas completamente e por tempo indeterminado. A solicitação ainda pede que um novo calendário acadêmico seja pensado apenas quando a situação de circulação de pessoas estiver regularizada.
Desde o último dia 14 de março, a UnB está com todas atividades presenciais de ensino suspensas. E ficará assim até o dia 29 deste mês. Entretanto, a instituição promoveu atividades virtuais como substitutas, por meio do uso de ferramentas e plataformas de EAD.
Como os casos de coronavírus no Distrito Federal só têm aumentado — até essa quinta-feira (19/03) eram 61 casos confirmados, a associação entende que a suspensão das aulas precisará se estender. Isso tornaria a solução temporária em algo duradouro.
Para a ADUnB, a medida causa prejuízos a professores e à comunidade acadêmica. A justificativa é que ao mesmo tempo que muitos estudantes não contam acesso livre à internet, docentes não têm o suporte adequado para desenvolver conteúdo do jeito que está.
Conforme explica o ofício encaminhado ao Cepe, não há um estudo da universidade sobre a inclusão digital dos alunos. E o provedor que a instituição utiliza não suportaria o acesso de tantos alunos.
O que diz a UnB
De acordo com a UnB, a “Administração Superior vem avaliando, diariamente, a evolução da pandemia do novo coronavírus e o impacto da suspensão das atividades acadêmicas presenciais, bem como a necessidade de medidas adicionais”.
De acordo com a universidade, a avaliação é realizada em conjunto com os diretores das unidades acadêmicas e o Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19. “Nenhum estudante será prejudicado e eventuais novas medidas serão prontamente informadas à comunidade”, promete a instituição.