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Após incêndio, escola do DF volta a apresentar falhas na rede elétrica

No dia 15 de setembro, parte da Escola Classe 16 do Gama foi consumida por chamas provocadas por curto circuito e teve aulas suspensas

atualizado

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Um mês após a Escola Classe 16 do Gama ter equipamentos e materiais escolares destruídos em incêndio causado por curto-circuito, a unidade educacional voltou a ter problemas com o sistema elétrico. Mesmo passando por reforma, finalizada no último dia 1º de outubro, o espaço segue apresentando falhas.

No dia 15 de setembro, o vigilante da escola foi surpreendido com o incêndio. Ele viu o momento em que a secretaria pegava fogo e acionou o Corpo de Bombeiros. Quando a corporação chegou ao local, as chamas já haviam consumido grande parte dos computadores.

De acordo com a diretora da unidade, Angélica Fausta, de 40 anos, a Secretaria de Educação prometeu que, além do local atingido pelo fogo, os outros quatro blocos da Escola Classe 16 passariam por reformas.

No entanto, Angélica conta que apenas o bloco que pegou fogo foi reformado e, mesmo assim, “voltou a apresentar problemas elétricos”. “No dia 6 de outubro, o disjuntor queimou de novo. Ele tinha sido recém-instalado e, mesmo assim, pegou fogo. Logo no primeiro dia em que liberaram [o espaço], percebemos que os ventiladores, lâmpadas e tomadas não funcionavam”.

Ao Metrópoles, a Secretaria de Educação do Distrito Federal disse ter procurado a Coordenação Regional de Ensino do Gama que confirmou a “instabilidade energética” e culpou a fiação antiga da rede elétrica pelo problema. Disse, porém, que vai trocá-la.

Aulas mais curtas, menos alunos
Em decorrência dos problemas elétricos, a direção se viu obrigada a reduzir a duração das aulas de 5 para 4 horas diárias. A Escola Classe funciona nos turnos matutinos e vespertinos e tem 350 alunos matriculados, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.

“Tenho sala sem luz nenhuma. Foi a saída que encontrei para evitar que os alunos do vespertino fiquem no escuro. Sem falar que até hoje não tivemos ressarcimento dos bens queimados”, protesta a servidora.

Outro problema enfrentado pela diretoria é a baixa adesão dos alunos. Com medo de um novo incêndio, os pais estão evitando mandar os filhos para as aulas. “Muitos estão faltando. Estamos sendo diariamente pressionados pelos responsáveis e não temos culpa”, disse a diretora.

Revoltada, a mãe Lilian Oliveira, 34, se diz “num dilema” entre mandar ou não o filho para a aula. Segundo ela, o menino de 9 anos estudante do 3º ano, no horário vespertino, está tendo que estudar em uma sala reduzida e ficou assustado quando soube do episódio do disjuntor.

Às vezes, a vontade é de nem mandar para a escola, mas não posso fazer isso. Meu maior medo é de pegar fogo com meu filho lá dentro. É um absurdo

Lilian Oliveira
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Computadores e alguns arquivos foram destruídos pelo fogo
Secretaria foi destruída devido ao curto-circuito
As atividades foram suspensas e 350 alunos estão sem aula
Funcionários se organizam para realizar a limpeza
Embora o fogo não tenha saído da secretaria, a fuligem se espalhou
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Escola Classe 16 do Gama ficou coberta de fuligem

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Computadores e alguns arquivos foram destruídos pelo fogo

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Secretaria foi destruída devido ao curto-circuito

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As atividades foram suspensas e 350 alunos estão sem aula

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Funcionários se organizam para realizar a limpeza

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Embora o fogo não tenha saído da secretaria, a fuligem se espalhou

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90% sem reformas
Metrópoles mostrou na série de reportagens DF na Real que 90% das escolas públicas da capital precisam de reformas. Conforme levantamento do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), dos R$ 287 milhões previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) para a educação no primeiro trimestre de 2018, o GDF empenhou apenas 6% em reparos nas unidades de ensino.

Em setembro deste ano, o Centro de Ensino Médio 10 de São Sebastião foi interditado por perigo de desabamento do teto. De acordo com o Sindicato dos Professores local (Sinpro-DF), alunos e docentes perceberam o risco, e uma equipe do governo foi chamada para avaliar a situação. Vigas de sustentação foram instaladas para evitar a queda das estruturas, mas os estudantes tiveram de ser realocados.

Outros casos
No dia 30 de agosto deste ano, o teto da cantina do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 3 do Paranoá desabou deixando uma funcionária ferida. Com base em informações do Sindicato dos Professores (Sinpro), três funcionários estavam no local na hora do incidente. “O colégio é antigo e precisa de reforma. Infelizmente, o governo está esperando acontecer uma tragédia para fazer algo”, alertou o diretor da entidade, Samuel Fernandes.

Já o Centro de Ensino Médio 10 de São Sebastião entrou para a lista de escolas públicas do Distrito Federal com alas interditadas por risco à integridade física de professores e alunos. Pelos menos duas salas de aula foram fechadas, e os estudantes precisaram ser acomodados em outros recintos devido a infiltrações no teto, que causaram a movimentações de placas. Os locais estão fechados há uma semana e não há previsão de conserto por parte da Secretaria de Educação.

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