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Alunos do DF ocupam escolas em protestos contra reformas na educação

Em todo o país 1.016 escolas estavam ocupadas, os alunos são contra a reforma do ensino médio e a PEC que limita os gastos do governo com educação

atualizado

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Rovena Rosa/ Agência Brasil
Assembleia dos estudantes para decidirem se vão desocupar as escolas
1 de 1 Assembleia dos estudantes para decidirem se vão desocupar as escolas - Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

Em reação à medida provisória (MP) que reforma o ensino médio e a Proposta de Emenda à Constituição 241, que impõe um limite aos gastos públicos pelos próximos 20 anos, estudantes realizam ocupações em escolas pelo país. Em todo o país, 1.016 escolas estavam ocupadas até a noite de sexta-feira (21/11), de acordo com a União Brasileira dos Estudantes (Ubes).

No Distrito Federal, pelo menos duas escolas e cinco institutos federais estão nessa situação, segundo a Ubes. Os estudantes do DF das instituições ocupadas conversaram com a Agência Brasil e disseram que é precisar melhorar o ensimo média, mas dizem que alunos, professores e funcionários de escolas e institutos federais precisam ser ouvidos antes dessas mudanças mudanças serem implementadas. Quanto à PEC 241, dizem que vai reduzir os investimentos na educação.

Uma delas é o Centro de Ensino Médio 304 de Samambaia (CEM 304), que está ocupada pelos estudantes desde a quarta-feira (19). Cerca de 130 pessoas participam diariamente das atividades de mobilização no centro de ensino, de acordo com a organização do movimento. A jovem Tainara Almeida, 18 anos, aluna no 3°ano do ensino médio da escola é uma delas e diz concordar que é preciso melhorar o ensino médio, no entanto, ela reclama que houve falta de diálogo com os estudantes sobre a reforma.

“Existe problema no ensino médio e não é de agora, mas a grande questão é que ninguém veio conversar com os estudantes, com os professores, com a comunidade, que são os principais atingidos. Isso é preciso ser discutido nas escolas e não por quem não utiliza o ensino público. Nosso principal objetivo é sermos ouvidos e que possam, acima de tudo, dialogar com a gente.”, disse.

Fim de disciplinas
Também concluinte do ensino médio no CEM 304, Mariana Benigno, 16 anos, diz estar preocupada com a retirada de obrigatoriedade de disciplinas do curriculum prevista na medida provisória da reforma do ensino médio. “O governo estava usando a reforma do ensino médio para torná-lo mais atraente, mas não vemos isso. Querem tirar matérias que nos fazem pensar, que fazem a gente conhecer as correntes ideológicas e as políticas”.

Mariana também disse considerar que a PEC 241 vai comprometer os investimentos na educação. “A demanda por recursos vai crescer e o dinheiro que está sendo investido hoje não vai dar conta da demanda”, disse.

Para Mariana, a reforma do ensino médio deve garantir um cronograma mais flexível e melhorar a estrutura das escolas.

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