Alunos da Escola Americana são aceitos em universidades internacionais
Com 17 anos de idade, os estudantes André Parola e Sophie Kane passaram no processo de seleção de Oxford e Yale, respectivamente
atualizado
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O sonho de estudar em uma universidade reconhecida pela qualidade de ensino chegou para dois alunos da Escola Americana de Brasília. André Parola e Sophie Kane, ambos com 17 anos, foram aceitos por duas famosas instituições internacionais. André vai cursar filosofia em Oxford, na Inglaterra. Por sua vez, Sophie estudará ciências políticas em Yale, nos Estados Unidos.
Os dois jovens escolheram os cursos e as universidades antes mesmo de ingressarem no Ensino Médio – fase escolar que concluirão no meio do ano. Isso porque a instituição de ensino reproduz o modelo norte-americano, e exige que os alunos amadureçam a escolha feita antes do curso. De acordo com o diretor de comunicação e marketing do colégio, Rafael Moura, existe na escola um acompanhamento específico e individual, pois a análise realizada pelas universidades estrangeiras é diferente das nacionais, “é mais profunda que o vestibular”.
Um brasileiro em Oxford
Admirador de Kant e Nietzsche, André Parola escolheu uma das universidades mais importantes e antigas da Europa. Agora, o estudante filho de pai brasileiro e mãe croata voltará ao país onde já residiu. Em Londres, André viu de perto a admiração dos britânicos pela renomada universidade. O fascínio dos ingleses também despertou nele a vontade de voltar ao país e integrar o seleto grupo de alunos de Oxford.
“Lá em casa é uma mistura. Leio e estudo em inglês, converso com meu pai em português e com minha mãe em inglês e espanhol, porque ela é filha de boliviana”, explica André sobre como a comunicação dentro de sua casa é feita.
A escolha do curso, por sua vez, não foi por acaso. Segundo ele, o interesse em “responder às perguntas fundamentais da existência humana” vem do fascínio do pai pela área. “Minha vontade de estudar essas questões é resultado das influências que tenho dentro de casa”, completou.
André esteve na universidade para a famosa entrevista com os docentes da instituição e relata as curiosidades do processo. “É engraçado, existem várias lendas sobre essas entrevistas. Em uma delas, contam que o entrevistador joga uma maçã contra você só para ver como você reage. Comigo não houve nada disso, mas me fizeram perguntas pessoais e específicas, além de coisas que você não está preparado para responder. Tudo isso para ver como se sai.”
Apesar de já ter passado pela sabatina, o estudante precisará manter boas notas até o final do ano letivo na Escola Americana, que segue o calendário norte-americano e termina no meio deste ano. Algo que para o diretor da instituição não será problema. “É um pedido padrão. As notas de André são excelentes e sabemos que ele irá mantê-las”, avalia Rafael Moura.
Entusiasta política
A norte-americana Sophie já sabia onde gostaria de estudar desde que fez um tour promovido por sua antiga escola para conhecer o campus. “Quando estive em Yale pude ver como a universidade era preparada, tinha programas científicos e políticos, além de ficar perto de Nova Iorque”. A proximidade com a metrópole é vista com bons olhos pela jovem. “Tenho alguns familiares perto, mas por ser uma cidade grande terei mais acesso a estágios e empregos.”
Filha de funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Sophie é grande entusiasta do mundo político. Tanto que ocupou o cargo de vice-presidente do conselho estudantil na Escola Americana. “Sempre gostei muito das aulas que falavam de política global. A minha mãe também ocupa um cargo político e eu, inclusive, já participei, como voluntária, de campanhas nos Estados Unidos. É algo que sempre me interessou”, relatou com entusiasmo.
Apesar da preferência, durante o ensino médio, a adolescente pôde experimentar diversas áreas. “Fiz parte do grupo de estudos de matemática, além de ter feito basquete por dois anos e ter sido editora-chefe do jornal da escola”, conta.
Segundo o diretor da Escola Americana, os estudantes da instituição podem sair do ensino médio com três diplomas: um do International Baccalaureate (IB), que é opcional; o americano e o brasileiro, obrigatório pelo Ministério da Educação. “Aqui nos preocupamos em corresponder às expectativas dos alunos. Com o curso em mente, realizamos um trabalho de preparação individual. Estamos preocupados com o que é melhor para cada um, tendo em vista o curso escolhido e em qual universidade ele melhor se encaixa”, explica o docente.
Tanto André quanto Sophie foram aceitos após receberem a aprovação do IB. A qualificação global é um dos métodos de avaliação mais conceituados entre as universidades estrangeiras. Com currículo acadêmico específico, a análise auxilia os estudantes a desenvolverem as habilidades necessárias para o ingresso em cada faculdade.