Eduardo Cunha é transferido de Brasília para Curitiba
O Metrópoles apurou que o ex-deputado deverá ser levado para o Complexo Médico Penal (CMP), na capital paranaense
atualizado
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Preso na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE) há 56 dias, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deixou a cela na companhia de uma equipe de policiais federais às 6h30 desta terça-feira (21/11). O Metrópoles apurou que ele deverá ser transferido para o Complexo Médico Penal (CMP), na região metropolitana de Curitiba.
Ainda não se sabe se o ex-parlamentar, condenado a 15 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ficará sozinho em uma cela, mas, independentemente das instalações do presídio paranaense, Cunha deverá sentir saudades do DF. No DPE, ele ocupava uma cela equipada com frigobar, televisão e ar-condicionado.
Segundo a Divisão de Comunicação (Divicom) da Polícia Civil, a decisão foi adotada como medida de segurança, pois Cunha teria que transitar entre a massa carcerária para chegar até o parlatório. A Polícia Civil garantiu que os encontros com os advogados eram vigiados por servidores da carceragem.
Advogados reclamam
Os advogados de Cunha alegaram que a esposa do ex-parlamentar mora em Brasília, o escritório de sua defesa fica na capital federal e que os deslocamentos para depoimentos em várias investigações geram custos ao governo.
No entanto, na decisão, do juiz Sergio Moro, o magistrado afirma que não é conveniente para o processo penal a transferência de Cunha para Brasília ou para o Rio, locais onde o ex-parlamentar teria influência política. “Sua influência política em Curitiba é certamente menor do que em Brasília ou no Rio de Janeiro. Mantê-lo distante de seus antigos parceiros criminosos prevenirá ou dificultará a prática de novos crimes e, dessa forma, contribuirá para a apropriada execução da pena e ressocialização progressiva do condenado”, decidiu.
nesta terça (21), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, deve julgar a apelação de Eduardo Cunha, que tenta reverter a sentença que o condenou pelo recebimento de 1,3 milhão de francos suíços em propina em um contrato para exploração da Petrobras no campo de petróleo no Benin, na África.