Tá com o nome sujo? Confira 10 dicas para sair do vermelho
Negociar a dívida, tentar reduzir os juros, trocar débitos caros por outro mais em conta são algumas das dicas de especialistas
atualizado
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Natal chegando e, antes de sair às compras, você se dá conta de que está com o nome sujo. Uma situação que atinge milhares de brasileiros. Para se ter ideia, três em cada 10 moradores do Distrito Federal estão com débitos pendentes. Mas, calma. Com planejamento e muita negociação, é possível quitá-los e recuperar o crédito no comércio.
A crise tem apertado o bolso dos consumidores. Estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), aponta que 829 mil pessoas físicas em todo o DF estão inadimplentes. Número que corresponde a 36,5% da população entre 18 e 94 anos.
Segundo o presidente da CDL, José Carlos Magalhães Pinto, houve uma queda de 1,19% em comparação ao mesmo período do ano passado no total de endividados. Mas o que preocupa é o acréscimo de 24,84% do número de pessoas que atrasam despesas corriqueiras, como contas de água e energia, por exemplo.No universo de 320 mil desempregados, segundo a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), nem sempre é possível manter as contas em dia. “As pessoas não se tornam devedoras porque querem. Falta dinheiro. Tivemos um aumento de 2,1% no número de desempregados em relação a julho do ano passado. Agora, temos que torcer para que o GDF continue pagando (existe o risco de parcelamento dos salários dos servidores se não for aprovada a reforma da previdência)”, disse.
Outro estudo, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quinta-feira (14/9), revelou que os jovens com idade entre 18 e 24 anos são os que mais enfrentam o descontrole financeiro.
A estudante Ednilza Maria da Costa Silva, 22 anos, é um exemplo disso. A jovem está com o nome sujo há dois anos, quando permitiu que a irmã mais velha usasse seus dados para fazer um empréstimo de R$ 500 no Banco Bradesco, em Colônia do Gurguéia (PI), cidade onde morava com os pais.
“Viajei em julho de 2015, quando voltei, quatro meses depois, a dívida já estava acumulada em R$ 2 mil. Não tinha como pagar. Então deixei o assunto de lado”, diz. Ela afirma que tentou resolver a situação, mas não conseguiu.
Moradora do DF desde 2014, a jovem não pode mais comprar nada a prazo. “Ficar inadimplente é a pior coisa que existe. O valor continua acumulando e já soma R$ 5.087,34”, contou.
Conforme Ednilza, o banco ofereceu um desconto de 80% no valor total com pagamento até quarta-feira (27). “Agora, estou decidida e quero me livrar desse pesadelo. Vou ter que cortar algumas coisas supérfluas para pagar essa dívida. A proposta do banco é que eu pague um equivalente a R$ 1.325”, ressalta.
Mas como se livrar do rombo nas contas? O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Aldemir Santana, diz que o cliente endividado precisa demonstrar interesse em liquidar a fatura. Depois de negociar, tentar reduzir os juros e o valor principal ao máximo possível.
Para as dívidas mais altas, com cartões de crédito e cheques especiais, o economista Rogério Boueri, do Ipea, diz que os bancos permitem que o cliente negativado troque os juros altos por um empréstimo com tarifas mais baixas, como o Crédito Direto do Consumidor (CDC). Confira outras dicas: