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Setor público emprega menos, mas responde por 71% dos salários no DF

Plano Piloto tem queda de 5,1%, mas ainda concentra mais de 52% dos empregos formais. Os dados são do Mapeamento da Atividade Econômica

atualizado

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Gabriel Jabur/Agência Brasília
Setor Público
1 de 1 Setor Público - Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Apesar do crescimento dos demais segmentos da economia, que concentram hoje 65% dos empregos formais — cadastrados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) —, o setor público, com 35% dos vínculos empregatícios, é responsável por 71% da massa salarial do Distrito Federal.

Isso acontece porque o governo (incluindo empresas estatais) paga salários médios (R$ 9.440) melhores do que os da iniciativa privada (R$ 2.044), conforme o Mapeamento da Atividade Econômica, divulgado nesta quinta-feira (16), pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Os números referem-se a 2015, quando a massa total dos salários na capital do País somou R$ 4,95 bilhões.

O Plano Piloto é a região administrativa com a maior predominância de empregos, com 52,22% dos vínculos, embora tenha apresentado uma queda de 5,1% na concentração. O estudo analisa questões socioeconômicas do DF, como a distribuição da massa salarial e dos empregos por setores e regiões.

Os dados foram apresentados pelo presidente da Codeplan, Lúcio Rennô, em entrevista coletiva concedida junto com Cristina Botti, gerente da área da Demografia Estatística e Geoinformação, e Yuri Queiroz, economista do Núcleo de Geoinformação. A coleta refere-se a levantamentos do período de 2006 a 2015.

Os gráficos exibidos por Cristina mostram desconcentração espacial de empregos no Plano Piloto, e um crescimento em Águas Claras e no SIA. “São dados interessantes, que reforçam nosso senso comum, mas que dão a magnitude mais clara da concentração no Plano Piloto. Por outro lado, apontam processos de mudanças”, diz Rennô.

Segundo o estudo, dentre os grandes setores, o de serviços é o que tem maior participação nos empregos, com 91,56%. Junto com saúde humana, ele continuou contratando a oferta de trabalho mesmo durante a crise, em 2014 e 2015, em 201 estabelecimentos.

Taguatinga, Guará e SIA
Os setores de informação e comunicação, de indústrias extrativas e de construção começaram a retrair as contratações desde 2013 — com -2%, -26% e -6%, respectivamente.

As regiões administrativas de Taguatinga, Guará e SIA chamam a atenção pela maior concentração de empregos fora do Plano Piloto. Com população estimada em 342.206 habitantes, as três regiões possuem 218.734 empregos formais, com rendimento médio de R$ 2.504.

Entre 2006 e 2014, Taguatinga teve um aumento na massa salarial de 245%. Os resultados da pesquisa podem ser conferidos na internet, pelo link que dá acesso às pastas dos gráficos: Distribuições – Ocupações Técno-Cientificas – DFe RAIS Nova Localização.

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