Repasse de distribuidoras eleva gás de cozinha além do esperado no DF
Sindicato das empresas do setor acusa revendedoras locais de cobrar mais do que os 4,38% definidos pela Petrobras: vai passar de R$ 88
atualizado
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O Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de GLP (Sindvargas) divulgou uma nota nessa quarta-feira (11/7) informando que o preço do gás de cozinha vai subir além do esperado. Isso porque as distribuidoras repassaram para as revendedoras um aumento superior ao reajuste aprovado pela Petrobras no último dia 5. Com isso, no DF, o valor máximo cobrado pelo gás de cozinha vai passar de R$ 88,70.
O aumento autorizado foi de 4,38%, o que resultaria em R$ 0,97 mais impostos, no botijão de 13kg para revendedor. Mas, conforme informou o presidente do Sindvargas, Sérgio Costa, em nota, o repasse extra feito pela distribuidora vai refletir no preço final ao consumidor. A variação, porém, não foi calculada.
“O mercado é muito concorrido e a revenda tem a dificuldade de repassar, só que toda vez que um revendedor segura o preço, ele entra numa situação financeira complicada”, disse Costa.
Na prática, o gasto extra ao brasiliense é certo. Segundo a seção de pesquisa de preços do site da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do gás de cozinha no DF é de R$ 73,07. Nas distribuidoras, o valor mínimo é de R$ 46 e o máximo, R$ 65,64.
Para o consumidor sai mais caro. O menor valor cobrado pelo botijão vendido à população é de R$ 69; o maior, R$ 85. Só com o reajuste aprovado pela Petrobras o preço máximo já bateria em quase R$ 89. Agora, com o alerta do Sindvargas, é incerto quanto o morador do DF terá que gastar para garantir comida em casa.
A revisão feita pela Petrobrás tem como objetivo corrigir a desvalorização do real frente ao dólar que, apenas entre os meses de maio e junho, foi de 16%. No mercado internacional, o preço do GLP também sofreu alteração: 22,9%, conforme informou o Sindvargas.