Previdência de servidor do GDF tem déficit de R$ 2,2 bi e preocupa
Rollemberg recebeu com reserva decisão do presidente Temer de deixar para os estados fazerem mudanças na previdência de seus servidores
atualizado
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O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) recebeu com reserva a decisão do presidente Michel Temer (PMDB) de deixar para os estados fazerem as mudanças no regime previdenciário de seus servidores. “Seria melhor se esse tema fosse tratado no âmbito nacional entre todos conjuntamente”, ponderou o socialista. Preocupado com o desgaste político que terá de enfrentar pela frente, o número um do Palácio do Buriti admite que a situação “é grave”.
De acordo com Rollemberg, o déficit previdenciário no DF atingiu R$ 2,2 bilhões no ano passado. Se não conter a sangria na previdência de seus servidores até o final de 2018, o rombo pode chegar a R$ 4 bilhões. As contas não fecham já que, atualmente, para cada funcionário público aposentado existem 2,26 na ativa. Para o governo, a relação ideal seria de um para quatro.
“Já temos um projeto na Câmara Legislativa que implementa a previdência complementar do servidor público e consideramos um passo importante, especialmente para a sustentabilidade dos próximos governos. Mas vamos avaliar a partir da medida anunciada pelo presidente para decidir o que vamos fazer agora”, disse ao Metrópoles em evento nesta quarta-feira (22/3).Com a medida anunciada por Temer, caberá aos governos estaduais e distrital propor mudanças nas respectivas casas legislativas. Rollemberg lembrou que o déficit previdenciário “é muito grande” em todos os entes federativos. Por isso, segundo ele, os estados e o DF devem tomar uma posição conjunta em breve para evitar o colapso da Previdência.
Outro abacaxi que sobrou para o governador descascar é a situação dos servidores da área de segurança, cujos salários são pagos com recursos do Fundo Constitucional, repassados ao DF pela União. Caberá ao Palácio do Buriti enviar ao Congresso Nacional projeto estabelecendo as regras de aposentadoria para policiais civis, militares e bombeiros.