Pressão política pela volta do auxílio emergencial faz dólar subir a R$ 5,41
Moeda americana cresceu 1%, os candidatos do governo ao comando do Congresso Nacional defendem a volta do benefício
atualizado
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O avanço da pandemia da Covid-19 e as pressões para que o governo retome o auxílio emergencial fizeram com que a cotação do dólar subisse nesta sexta-feira (22/1) cerca de 1%, fechando a R$5,41.
Os dois candidatos do governo para a presidência da Câmara e do Senado, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defenderam em entrevistas a continuidade ou uma alternativa para o auxílio emergencial. O benefício foi criado para atender famílias de baixa renda afetadas economicamente pela pandemia da Covid-19 e foi descontinuado pelo governo em dezembro por falta de orçamento.
Essa pressão política impacta o mercado, porque o presidente costuma ser sensível a ela. A popularidade do governo deve ser afetada com o fim do auxílio e no momento em que cresce o movimento pró-impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido), diante das dificuldades de seu governo em controlar a pandemia.
Por outro lado, o presidente deu uma boa sinalização para o mercado nesta quinta-feira (21/1), quando afirmou em sua live semanal que se empenhará na aprovação da reforma tributária este ano, tentando, principalmente, não aumentar impostos. A medida está em discussão no Congresso desde abril de 2019.