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Preço do combustível cai de novo, mas ainda não alcança meta prevista

Valores do litro da gasolina e do etanol caem pela terceira vez desde a intervenção preventiva no grupo Cascol

atualizado

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Rafaela Felicciano/ Metrópoles
posto lago sul
1 de 1 posto lago sul - Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

Quem abastece o carro no Distrito Federal percebe que os preços dos combustíveis seguem em queda. Mas os valores ainda não alcançaram o decréscimo esperado de 20%, porcentagem que os cartéis supostamente ganhavam a mais nas vendas. Se o desconto aplicado for esse, o preço deve ficar em R$ 3,03.

Em alguns estabelecimentos da capital, houve nova queda nesta segunda-feira (16/5). Em um posto do Lago Sul, a gasolina passou de R$ 3,69 para R$ 3,65 o litro, enquanto o etanol caiu de R$ 2,99 para R$ 2,88. “Já dá para sentir a diferença no bolso. Mas acho que ainda é preciso baixar mais os preços”, acredita Victor Augusto Ferreira, 28 anos.

A percepção do motorista particular faz sentido. Em 24 de novembro do ano passado, foi deflagrada a Operação Dubai, que investigava a formação de carteis nos postos de combustível de Brasília e do Entorno. A ação culminou na prisão dos principais empresários do ramo e em uma intervenção do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na gerência da Cascol, principal empresa local do setor.

À época, o superintendente do Cade, Eduardo Frade, chegou a afirmar que a formação de cartel alterava em 20% o preço do combustível, ou seja, o litro da gasolina em Brasília, que no mês de início das investigações custava em média R$ 3,79, deveria valer cerca de R$ 3,03.

Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles
O motorista Victor Ferreira acha que preço do combustível pode ser menor

Entretanto, esse patamar ainda está longe de ser alcançado. No fim de 2015, com os reajustes de alíquotas e impostos, como o ICMS, o preço da gasolina chegou a R$ 3,97. Somente em abril, quando passou a valer a intervenção do Cade na rede Cascol, os valores começaram a cair.

Quando considerada a queda relativa ao início das investigações, em novembro do ano passado, a redução no preço do litro de gasolina até o momento é de R$ 0,09, representando decréscimo de apenas 2,3%. Se levado em conta os maiores preços registrados, em janeiro deste ano, a redução é de R$ 0,32 , valor aproximadamente 8% mais barato. Desde a intervenção do Cade, o preço médio passou de R$ 3,85 para R$ 3,65, queda de 5%.

Assim, em nenhuma das situações o suposto decréscimo de 20% foi atingido. Vale lembrar que, desde 12 de abril, o interventor Wladimir Eustáquio Costa assumiu a gestão da Cascol, onde deve atuar por 180 dias. Esse período pode ser prorrogado até a conclusão do processo que investiga o suposto cartel.

Por meio de nota, a Cascol disse que “não comenta preços”. No entanto, o grupo disse que “reforça que assinou com o MPDFT (Prodecon) um acordo, que fixa, por seis meses, como margem de comercialização, o percentual de 15,87% sob a gasolina comum. Trata-se de execução provisória proferida pela 3° Vara Cível de Brasília”.

Etanol ainda não vale a pena
Mesmo com as últimas reduções, encher o tanque com etanol ainda é não é vantajoso. Levando em consideração os preços de R$ 2,88 por o litro de etanol e de R$ 3,65 para a gasolina, a razão entre primeiro e segundo é superior a 0,7, índice máximo para que o álcool seja mais econômico.

Aprenda a fazer o cálculo:

– Divida o valor do etanol pelo preço da gasolina
– Se o resultado for superior a 0,7, abasteça com gasolina
– Se o resultado for inferior a 0,7, abasteça com etanol

 

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