Por gasolina a R$ 3,69, brasilienses ficam na fila por quase uma hora
O valor está bem mais em conta do que a média praticada pelos postos no DF, de R$ 3,96 para pagamento à vista
atualizado
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Com o preço do litro da gasolina batendo a marca dos R$ 4 nas últimas duas semanas, o brasiliense tem ficado atento às promoções. E, quando elas aparecem, os motoristas não se importam em ficar muito tempo na fila esperando a hora de encher o tanque e economizar uns bons trocados. No centro de Taguatinga, o consumidor encontra o produto por R$ 3,69, pagando à vista.
O servente Botinho Pereira Alves, de 53 anos, estava indo de Samambaia ao Itapoã quando passou próximo ao posto e a placa da promoção chamou atenção. “O preço está muito atraente. Apesar de ter que esperar mais de 40 minutos na fila, eu resolvi parar. Com a gasolina cara do jeito que está, a gente não pode perder a oportunidade”, disse.
“Mesmo com a alta no preço, estamos conseguindo manter as promoções pela grande procura. Somente nesta semana, a gasolina já subiu duas vezes em percentuais menores, mas, mesmo assim, não repassamos os valores aos consumidores”, afirmou.
Variação
Tamanha variação no preço da gasolina tem sido uma realidade para o brasiliense. O Metrópoles percorreu Plano Piloto, Lago Sul, Guará e Taguatinga para ver o comportamento das bombas.
Enquanto nos estabelecimentos de Taguatinga o preço do combustível está mais em conta, outros na Asa Sul estão cobrando até R$ 3,89 por litro. Uma diferença de R$ 0,20. No Lago Sul, a média é de R$ 3,96 para pagamento à vista.
O governo federal, na tentativa de equilibrar as contas públicas, aumentou a tributação de PIS e Cofins sobre a gasolina. O acréscimo deveria ter ficado em R$ 0,41 por litro de gasolina e R$ 0,21 no caso do diesel. Mas os estabelecimentos do Distrito Federal passaram a cobrar bem mais. Para se ter uma ideia, em 20 de julho era possível abastecer por R$ 2,99 o litro de gasolina. No dia seguinte, o menor preço que se encontrava nas bombas era de R$ 3,74.
Cartel
Com os recentes aumentos, a população nem se lembra mais da Operação Dubai, deflagrada em novembro de 2015, pela Polícia Federal, para desarticular um cartel que dominava as vendas de combustível no DF. Na época, o preço médio da gasolina chegou a R$ 3,96, segundo a ANP.
O esquema era liderado pelo grupo Cascol, responsável por 30% dos postos de gasolina da capital. Cinco meses depois, em abril do ano passado, coube a um interventor, nomeado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), administrar o conglomerado.
Em abril deste ano, o conselho e o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) multaram a rede em R$ 148,7 milhões por formação de cartel e determinaram que o grupo vendesse parte de seus postos.
Confira os preços do litro em alguns postos:
Posto Petrolina (Taguatinga Centro)
Gasolina comum – R$ 3,69 (débito ou dinheiro)
Nenen’s (Taguatinga Centro)
Gasolina comum – R$ 3,76 (débito ou crédito)
BR Distribuidora (104 Sul)
Gasolina comum – R$ 3,89 (débito ou dinheiro)
Petrobras (109 Sul)
Gasolina comum – R$ 3,84 (débito ou dinheiro)
Petrobras (113 Sul)
Gasolina comum – R$ 3,84 (débito ou dinheiro)
Rede Jarjour (Taguatinga Sul, Asa Sul e Asa Norte)
Gasolina comum – R$ 3,85 (débito ou dinheiro)