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Os sem-trabalho. Tropa de desempregados ganha reforço de 48 mil brasilienses em apenas um ano

No total, Distrito Federal tem 231 mil pessoas sem emprego. Setor da construção civil foi o que mais demitiu em 12 meses, fechando 13 mil vagas

atualizado

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Nem a administração pública, considerada um dos pilares da economia local, conseguiu evitar o aumento do desemprego no Distrito Federal. Entre novembro de 2014 e novembro deste ano, 48 mil pessoas ingressaram no time dos desempregados na capital federal. O número é resultado das 16 mil vagas fechadas no período e dos 32 mil brasilienses que tentam, sem sucesso, entrar ou retornar ao mercado de trabalho.

O GDF e o governo federal fecharam, no período, sete mil postos de trabalho. Indiretamente, também contribuíram para o fim de 13 mil vagas na construção civil. Sem dinheiro para investir, o setor público, principal contratante de obras na cidade, está parado por falta de recursos para investimento. Já os prestadores de serviço conseguiram se manter estáveis (demitindo mil trabalhadores). A situação só não está pior porque o comércio, apesar de toda a recessão, continuou contratando. Foram seis mil vagas no período.

Os números fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada na manhã desta terça-feira (22/12) pela Secretaria do Trabalho do DF. Em novembro, a taxa de desemprego permaneceu estável em relação a outubro, 15,1%. Isso significa dizer que, no total, o DF tem 231 mil desempregados.

O que preocupa é que os trabalhadores com carteira assinada são as principais vítimas desse momento da economia. Apenas entre outubro e novembro deste ano, seis mil foram demitidos. Levando em consideração o período de 12 meses, foram 14 mil vagas formais de emprego fechadas.

O técnico administrativo Rafael Gomes, 31 anos, está entre eles. Há sete meses foi demitido e ainda não conseguiu recolocação no mercado. “Não está fácil. Procuro emprego todos os dias, mas as empresas não estão contratando. Tinha uma reserva que está acabando e não sei o que vou fazer”, diz o morador de Taguatinga, pai de duas filhas.

Outro dado que chama a atenção é a perda do poder aquisitivo dos brasilienses. Entre novembro de 2014 e novembro deste ano, o rendimento médio real (já descontada a inflação do período) registrou uma queda de 5% para os trabalhadores assalariados. “Isso é grave, já que alimenta o círculo da recessão. Sem renda, não se compra. Sem vender ou prestar serviço, as empresas demitem e fecham as portas”, explica o economista Eduardo Lemos.

Está desempregado? Então confira algumas dicas do site vagas.com para sair dessa situação:

Encare a busca por emprego como um emprego
Quem está desempregado não precisa — e não deve — necessariamente ficar ocioso, de pernas para o ar. Pelo contrário: é muito mais produtivo encarar a busca por uma oportunidade como um trabalho propriamente dito, com expediente, compromissos e reuniões. Ou seja, dedique tempo para procurar e selecionar vagas; “compromissos” são todos os afazeres que envolvem a candidatura, como preparar currículo e carta de apresentação; “reuniões” são os contatos com colegas — o seu network — para saber como está o mercado. Separe umas horas do dia para fazer pesquisas de vagas, aprontar documentos e falar com pessoas.

Não desconsidere o trabalho temporário ou frila
Quando se procura emprego, bate o desespero — totalmente justificável — de ficar sem grana. É nessa hora que um trabalho temporário ou um frila vem a calhar. Para se manter financeiramente enquanto está em busca da vaga dos sonhos, vale a pena encarar o trabalho em uma loja no mês que antecede o período do Natal, por exemplo. Ou então lançar mão de suas habilidades para fazer um trabalho aqui e outro ali. Isso trará, além de um certo dinheiro, tranquilidade para se procurar por uma oportunidade de trabalho.

Reavalie seu currículo a cada nova vaga
É comum o candidato fazer um único currículo e dispará-lo para as mais variadas vagas. Pode funcionar, sobretudo quando as vagas em questão são similares. A recomendação, contudo, é que o currículo seja revisto de acordo com os requisitos da empresa para onde ele será enviado.

Ensaie a entrevista de emprego
Algumas perguntas são bastante comuns em entrevistas de emprego. Por exemplo:
“Fale um pouco de suas experiências anteriores.”
“Quais foram os maiores desafios que você enfrentou na empresa anterior?”
“Por que você deseja trabalhar nesta empresa?”
“Como você se vê profissionalmente daqui cinco anos?”
“Qual foi o motivo do desligamento da empresa anterior?”
Se são questões tão comuns, não há motivo para você não ter as respostas na ponta da língua, certo? Então vale a pena se debruçar sobre elas e já pensar nas respostas. Só não vale mentir.

 

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