Número de endividados no DF cai pelo quarto mês consecutivo
Sem dinheiro sobrando, o brasiliense deixou de ir às compras e, consequentemente, não está fazendo novas dívidas. Cartão de crédito é o grande vilão de quem está no vermelho
atualizado
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O número de famílias endividadas no Distrito Federal teve a sua quarta queda consecutiva em 2016. Passou de 728.383 em maio para 719.072 em junho (queda de 9,31 mil) e atingiu o índice de 77,8%, menor número registrado durante este ano. Sem dinheiro sobrando, o brasiliense deixou de ir às compras e, consequentemente, não está fazendo novas dívidas. É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF).
O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, explica que a queda mostra que o consumidor está se precavendo com a crise e com o cenário menos favorável do mercado de trabalho. “O consumidor percebe que as empresas não estão contratando, o que faz com que ele tenha cautela e evite criar novas dívidas”, explica Adelmir. “Outros fatores responsáveis por esse cenário são o baixo crescimento da renda das famílias e o aumento da inflação, além da insegurança no ambiente de trabalho”, completa.De acordo com a pesquisa, do total de famílias endividadas, 88,5% se declararam comprometidas com o cartão de crédito. Entre as famílias com contas em atraso, 33,5% disseram ter condições de quitar suas dívidas totalmente e 66,5% afirmaram ter condições de quitar o montante parcialmente. Do universo de endividados, apenas 2,3% dos brasilienses disseram não ter condições de quitar as contas e 3,7% não sabem dizer se conseguirão ou não quitar o montante.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) foi realizada com uma amostra de 600 famílias. O estudo serve para orientar os empresários dos setores de comércio, serviços e turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica para o incremento das vendas, uma vez que permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor e sua percepção em relação à capacidade de pagamento. (Com informações da Fecomércio)