metropoles.com

No vermelho: 790,8 mil famílias do DF começaram 2019 endividadas

O cartão de crédito é o maior vilão dos brasilienses. Veja dicas para tentar reverter a situação e terminar o ano no azul

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Distrito Federal encerrou 2018 com um número preocupante. Segundo dados da Federação do Comércio (Fecomércio-DF), 790.844 mil famílias chegaram ao final de dezembro no vermelho, iniciando 2019 endividadas. Em relação a dezembro de 2017, houve um acréscimo de 40.994 famílias com débitos em aberto.

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, explica que esse comportamento do fim de ano já era esperado. “Com as festas e trocas de presentes, as famílias sempre gastam mais, principalmente pelo recebimento do 13º salário. A maioria dos brasilienses optou por quitar dívidas com o dinheiro extra até para contrair novos empréstimos. Com isso, o endividamento também aumentou”, explicou.

Para a agente administrativa Maria do Carmo Ramos, 32 anos, 2018 foi um ano difícil financeiramente. “Meu marido perdeu o emprego e estamos com diversas contas atrasadas. Estamos priorizando as despesas de mercado, com comida, água e luz. O resto, vamos pagar quando der”, ressalta. Pelas contas do casal, as dívidas chegam a R$ 5 mil.

A servidora pública Janete Alves, 41, também começou 2019 com “o pé esquerdo”. Ela explica que abusou de empréstimos consignados em folha e acabou ficando com parte da renda comprometida. “É um círculo vicioso. Você contrai uma dívida para pagar outra”, lamenta. Para os próximos meses, entretanto, a funcionária aposta numa melhora da situação: “Temos reajustes a receber”, prevê.

Reprodução/Fecomércio-DF

 

Reprodução/Fecomércio-DF

 

O presidente da Fecomércio-DF explica que, apesar do endividamento ter crescido, as projeções para 2019 são positivas: “Acreditamos que, com a redução das taxas de juros, haverá uma queda na inadimplência este ano”, diz.

O estudo mostra que o cartão de crédito é o principal causador do endividamento dos brasilienses, apontado por 90,6% dos entrevistados como responsável pela maior fatia da dívida. Em seguida, vêm o financiamento de carro (29,1%); financiamento de casa (20,5%); cheque especial (10,4%); carnês (8,1%); e crédito consignado (8,2%).

Reprodução/Fecomércio-DF

 

A pesquisa revela ainda que 50,6% dos entrevistados têm contas atrasadas por mais de 30 dias. Nesse caso, o professor de finanças Aleksander Kuivyogi Avalca afirma que é importante traçar estratégias para cumprir as promessas de mudança com a chegada do novo ano. Seja usando aplicativos para se organizar ou as tradicionais planilhas – a orientação é não perder os novos gastos de vista.

 

Reprodução/Fecomércio-DF

Outro dado que preocupa na pesquisa é que 68,7% dos entrevistados têm boa parte do salário comprometida com o pagamento de dívidas.

Reprodução/Fecomércio-DF

 

 

Para as dívidas mais altas, com cartões de crédito e cheques especiais, o economista Rogério Boueri, do Ipea, diz que os bancos permitem que o cliente negativado troque os juros altos por um empréstimo com tarifas mais baixas, como o Crédito Direto do Consumidor (CDC).

Confira outras dicas:

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?