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No DF, o mesmo remédio pode custar até 5 vezes mais caro em diferentes farmácias

Pesquisa monitorou preços em 30 drogarias de Brasília. Levantamento também notou diferença entre o medicamento patenteado e o genérico

atualizado

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Aumento nos remédios – Brasília – DF 15/10/2015
1 de 1 Aumento nos remédios – Brasília – DF 15/10/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O mesmo remédio pode custar até cinco vezes mais em farmácias diferentes do Distrito Federal. Esse é o resultado de um levantamento do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico (ICTQ), que comparou o preço de 30 estabelecimentos do DF. Nas outras 17 capitais brasileiras analisadas, essa variação chega a quase 20 vezes o valor do produto.

Segundo o estudo, os medicamentos ansiolíticos — de combate à ansiedade — são os que apresentam a maior diferença. Uma caixa de Lexotan genérico, por exemplo, pode sair até 514% mais cara entre uma drogaria e outra. No caso do Tilenol, os pesquisadores verificaram oscilação de 344%.

Para os anti-inflamatórios, a disparidade chega a 187%, no caso do Cataflan. Essa discrepância também existe ao se comparar os originais e os genéricos (veja infográfico).

Hora da pechincha
Essa grande diferença de valores aumenta a importância de se pesquisar estabelecimentos com melhor custo/benefício, diz a comerciante Monique Aragão, 50 anos. “Os remédios estão muito caros e, por isso, sempre peço desconto. Como preciso comprar medicamentos de uso contínuo, sempre procuro o melhor preço.” Pedir desconto também é costume de Karla Sousa. “Eu sempre tento pechinchar”, conta a professora de pilates, de 29 anos.

Coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci destaca que o valor dos remédios só vai diminuir quando os consumidores mostrarem aos empresários que “não aceitam pagar tão caro por produtos tão importantes”.

“É a lei de oferta e da demanda. A partir do momento em que o consumidor deixa de comprar por aquele preço, as empresas tendem a rever o valor cobrado. Também é possível procurar se a farmácia tem convênio com entidades de classe e oferece descontos”, afirma Maria Inês.  

O que diz o setor
O presidente do Sindicato do Comércio de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma), Messias Vasconcelos, reconhece a variação grande de preços, mas destaca que a maioria dos estabelecimentos do DF concede um desconto de 30%.

No entanto, as farmácias de Brasília com sede em outras unidades da Federação têm “preço fechado”. Portanto, contam com menor poder de barganha e não conseguem garantir abatimentos tão grandes.

Vasconcelos prevê um cenário pessimista para o consumidor: “O desconto deve sumir. Como a matéria-prima dos remédios é comprada em dólar, a indústria não vai dar conta de garantir esse desconto”.

Facsimile_impostos

O presidente do Sincofarma também culpa a taxa tributária que incide sobre os medicamentos. “Quem compra remédios para dor, por exemplo, paga mais de imposto do que quem compra um carro zero. Para os produtos farmacêuticos, não tem IPI reduzido nem incentivo fiscal.”

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