Metro quadrado no DF atinge maior valor dos últimos 2 anos e meio
Com preço médio de R$ 8.403, a capital federal tem o metro quadrado mais caro do país. Confira o mapa das regiões mais caras
atualizado
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O preço do metro em Brasília não para de crescer e atingiu, no quarto trimestre de 2016, o maior valor dos últimos dois anos e meio, chegando a custar R$ 8.403. Em comparação com o mesmo período de 2015, a valorização foi de 6,13%.
O ranking das localidades mais caras do DF é liderado pelo Park Sul, na região do Guará, onde se cobra R$ 9.613 pelo metro quadrado. Depois vêm Sudoeste (R$ 9.523/m²); Asa Sul (R$ 8.817/m²); Asa Norte (R$ 8.769/m²); e Lago Norte (R$ 6.333/m²). O levantamento é da pesquisa “Dados do Mercado Imobiliário”, da empresa VivaReal.
O economista Tito Moreira acredita que o aumento no valor dos imóveis no DF tem a ver com a estabilidade que o serviço público oferece aos concursados, que somam boa parte da população da capital. “Em Brasília, é grande o número de funcionários públicos. Dessa forma, existe uma estabilidade e também melhores salários. Isso reflete no mercado, com os donos de imóveis passando a cobrar mais caro”, explica.
Com relação ao quarto trimestre de 2015, os bairros brasilienses com maiores valorizações para venda foram Lago Sul (23,4%) e Lago Norte (8,4%). Mas nem todo o DF teve aumento no preço dos imóveis. As desvalorizações mais expressivas foram registradas na Asa Norte (-2,6%), Sudoeste (-1,7%), Park Way (-1,6%) e Asa Sul (-1,4%).
Devido à desvalorização de alguns locais e a queda da taxa de juros, o presidente do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi/DF), Hiran David, acredita que este é o melhor momento para investir em imóveis. “Se eu tivesse uma poupança aplicada aguardando o melhor momento para adquirir imóvel, seria agora”, diz.
Aluguel
No que se refere ao aluguel de imóveis, se comparado ao quarto trimestre de 2015, o único bairro da capital federal com valorizaçãono último trimestre de 2016 foi o Lago Sul (10,9%). Já os mais desvalorizados foram Lago Norte (-8,2%), Asa Sul (-5,6%), Sudoeste (-2,5%) e Asa Norte (-0,8%).
Cerca de 33,3% dos consumidores brasilienses buscaram na internet por compras de imóveis no período analisado e 66,7% mostraram interesse em alugar alguma casa ou apartamento. Os imóveis com valores acima de R$ 1 milhão (35,99%) e entre R$ 501 mil e R$ 1 milhão (34,11%) foram os mais procurados pelos potenciais compradores, enquanto 17,22% da população optaram por imóveis de R$ 171 a R$ 350 mil.