Mercado imobiliário do DF atinge R$ 1,5 bi em vendas e já se iguala a 2019
Mesmo com a crise em decorrência da pandemia do novo coronavírus, setor atingiu a marca do total de vendas de 2019 em setembro
atualizado
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Apesar da crise econômica em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o setor imobiliário do Distrito Federal anunciou resultados positivos registrados em 2020. Em coletiva virtual realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscom-DF) e Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), as entidades divulgaram que, do primeiro ao nono mês de 2020, o ramo acumulou Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,5 bilhão, mesmo valor realizado durante todo o ano de 2019.
As associações avaliam com otimismo o cenário do mercado, com a expectativa de que em 2021 seja ainda melhor. Na reunião, que demonstrou os resultados do terceiro trimestre do ano, foi comunicado, ainda, aumento de 10% do Índice de Velocidade de Vendas (IVV), que indica o quão rápido novos empreendimentos foram comprados, apenas em setembro, além do lançamento de cinco novos empreendimentos e a comercialização de 351 unidades.
“Esses resultados demonstram o potencial do nosso setor e retratam um cenário de recuperação”, comemora Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Ademi-DF. “Dois mil e dezenove foi um ano em que vínhamos nos recuperando dos efeitos de uma crise longa, iniciada em 2014. Em 2020, num primeiro momento, a pandemia trouxe muita incerteza e desafios que conseguimos atravessar”, avalia.
Para o vice-presidente do Sinduscom-DF, Adalberto Valadão Júnior, o “mercado imobiliário do Distrito Federal finalmente retornou a um ciclo virtuoso”. Segundo o gestor, a demanda foi puxada pela oferta de novos empreendimento, fazendo com que houvesse “incremento das vendas e abrindo espaço para mais lançamentos”. “As expectativas para 2021 são de continuidade desse cenário positivo”, completa.
As entidades apontam que, na capital federal, a região que registrou maior volume de vendas foi o Noroeste, com 74 unidades. Em seguida, aparecem Santa Maria (65 unidades) e Park Sul (61). A pesquisa do IVV também demonstra o aumento da procura por imóveis maiores: em setembro, imóveis de médio e alto padrões, aqueles com valor acima de R$ 250 mil, tiveram desempenho significativo: apartamentos de 4 quartos registraram IVV de 11,3%.
Isso ocorre, segundo Almeida, pelas restrições impostas com proliferação da Covid-19. “A necessidade de distanciamento social e o trabalho a distância criaram um novo significado para a moradia”, justifica o chefe da associação, entendendo que as pessoas, por passarem mais tempos juntas em casa, demandam por mais espaço.