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Ladeira abaixo. Distrito Federal fechou 16.326 vagas de emprego com carteira assinada em 2015

Número é o pior já registrado desde 2003, segundo dados do Caged. Construção civil lidera ranking das demissões

atualizado

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Valdecir Galor/SMCS
carteira de trabalho
1 de 1 carteira de trabalho - Foto: Valdecir Galor/SMCS

O Distrito Federal fechou 16.326 postos de trabalho com carteira assinada em 2015. Trata-se do pior desempenho registrado pelo Ministério do Trabalho desde 2003, quando teve início a série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em todo esse período, nunca a capital do país encerrou um ano com saldo negativo entre contratações e demissões. A retração foi de 2,02%.

As demissões foram lideradas pelo setor da construção civil: 11.238 vagas formais de emprego eliminadas. O comércio veio em seguida, com 5.060 postos fechados.

O desempenho só não foi pior porque o setor de serviços registrou uma variação positiva. Entre admissões e demissões, ficou um saldo de 2.161 vagas abertas e mantidas. A administração pública, um dos principais empregadores da cidade, fechou 2015 com um resultado de apenas 116 vagas.


Ao longo do ano, no Distrito Federal foram contabilizadas 326.124 admissões. Porém, os desligamentos chegaram a 342.450. Reflexo do agravamento da crise, o mês de dezembro foi o pior, com 25.432 demissões. Especialista em mercado de trabalho, o consultor José Artur Mendes destaca que o cenário não poderia ser diferente, uma vez que o Brasil e o DF estão em recessão. “Fica difícil para um empresário manter os empregos se o faturamento está em queda”, explica.

Ele lembra, ainda, que o emprego formal tem um custo alto no país, por conta dos encargos sociais e obrigações trabalhistas, que chegam a aumentar entre 25% e 100% os gastos das empresas por cada carteira assinada.

Docinhos ajudam
A secretária Ana Maria Almeida, 42 anos, está entre os brasilienses que perderam o emprego no ano passado. Pior, depois de sete meses distribuindo currículos em centenas de lugares, ainda está desempregada. “Está difícil. Não estou conseguindo nada”, desabafa ela, que tem feito docinhos em casa para reforçar o orçamento da casa, mantida apenas com o salário do marido, motorista de ônibus.

Dono de uma loja de sapatos, o empresário Marco Antônio Lima, 32 anos, reconhece que o momento da economia não está favorável para a geração de empregos. Ele mesmo demitiu duas funcionárias antes do Natal e colocou a mulher, sua sócia, para atuar na área de vendas. “Pelo menos até a situação melhorar, a gente vai ficando dessa forma”, reconhece.

Para quem está desempregado, o consultor José Artur Mendes dá duas dicas valiosas: não ficar fechado dentro de casa, abrindo mão dos de contatos importantes que podem garantir uma recolocação no mercado. Outra coisa é aproveitar o tempo parado e fazer cursos de atualização e ler bastante. “Esses gastos devem ser vistos como investimento”, destaca.

Segundo os dados nacionais do Caged, em todo o país foram fechadas 1,5 milhão de vagas formais de emprego em 2015.

 

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