Já era, Bill Gates. Dono da Zara toma posto de homem mais rico do mundo
Na sexta-feira (23/10), a revista Forbes atualizou o ranking e o espanhol ultrapassou a fortuna do fundador da Microsoft
atualizado
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O ano de 2015 tem reservado algumas surpresas nas tradicionais listas da revista americana Forbes. Desta vez, o protagonista é Amancio Ortega, de 79 anos, espanhol fundador da Zara. Sua fortuna ultrapassou a de Bill Gates e ele tornou-se o homem mais rico do mundo.
Ortega acumula cerca de US$ 79,6 bilhões (R$ 310 bilhões), ultrapassando o fundador da Microsoft, que se manteve no posto por anos, e acumula cerca de US$ 78,1 bilhões (R$ 307 bilhões). A Inditex, gigante do vestuário da qual Zara faz parte, vê suas ações crescerem desde 2011. O presidente, Pablo Isla, foi inclusive reconhecido como o terceiro homem mais bem-sucedido do mundo pela Harvard Business Review.
Trabalho escravo
Em agosto de 2011, os olhos todos se voltaram para a Zara. E não foi por causa de nenhuma nova coleção. A razão da popularidade foi a descoberta comprovada de trabalho escravo nas oficinas da grife em São Paulo, alertando o restante do mundo sobre a questão.
Na capital paulista, à época, foram encontrados 15 trabalhadores escravos, em sua maioria estrangeiros, vivendo em condições precárias. A oficina também era a casa dessas pessoas, que dormiam sobre caixas de papelão, trabalhavam por mais de 16 horas por dia e não podiam sair do local, a não ser com autorização de um dos fiscais. Entre os escravos encontrados, estavam crianças com menos de 14 anos.
Ainda em 2011, buscando finalizar os escândalos e especulações, a Zara assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que prometia a correção das condições degradantes encontradas por peritos do MTE.
Apesar da notificação, em maio deste ano, a empresa foi autuada pelo Ministério por não cumprimento da TAC firmada há quatro anos. Uma auditoria do órgão apontou 433 irregularidades em lojas de todo o Brasil – como excesso de jornada de trabalho, atraso nos pagamentos, aumento dos acidentes laborais, trabalho infantil e discriminação de imigrantes. A multa chega a R$ 25 milhões. A empresa nega todas as acusações, afirmando desconhecer os fatos.