Inflação no DF em março fica em 0,12%, uma das menores do país
Habitação e energia apresentaram queda e frearam o índice geral de preços. Economistas, entretanto, dizem que ainda não é o momento de comemorar
atualizado
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A escalada de preços deu um refresco aos brasilienses. A inflação oficial do mês de março medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) do Distrito Federal teve alta de 0,12%, o terceiro menor entre as capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente Recife e Salvador tiveram indicadores menores, com deflação (desempenho negativo).
No ano, a inflação do brasiliense acumula alta de 1,74% e, no período de 12 meses, 8,79%. No DF, os preços de habitação e energia ajudaram a conter os preços. Os custos com moradia, incluindo gastos com aluguel e materiais de construção, apresentaram queda de 0,63%. A conta de energia também ficou mais barata, com valores 4,06% menores. Quem teve uma brecha para viajar aproveitou. Passagens aéreas tiveram redução de 5,79%; ônibus interestaduais, 4,52%.Apesar da diminuição, alguns itens ainda seguem mais caros, principalmente na alimentação. O mamão, por exemplo, ficou 52,33% mais caro no último mês. A cenoura subiu 13,82% e a manga 11,61%.
A queda dos índices, porém, não foi suficiente para alegrar os economistas. O Banco Central reconheceu que a inflação deste ano vai estourar o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 6,5%. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o IPCA de 2016 no país ficará em 6,6%, e não mais em 6,2% como constava do documento de dezembro, pelo cenário de referência. No cenário de mercado, a taxa projetada passou de 6,3% para 6,9%.
No país, o IPCA de março fechou em 0,43%, menos da metade da taxa de 0,90% de fevereiro. Desde 2012 não havia registro de resultado mais baixo nos meses de março. Considerando o primeiro trimestre do ano, o índice situa-se em 2,62%, percentual inferior aos 3,83% registrados em igual período de 2015. Na ótica dos últimos 12 meses, a taxa desceu para 9,39%, abaixo dos 10,36% relativos aos doze meses imediatamente anteriores.