“Existe vida além do Estado”, diz superintendente do Sebrae no DF
À frente da entidade, que estimula a criação de micro e pequenas empresas, Valdir Oliveira aposta na iniciativa privada para vencer a crise
atualizado
Compartilhar notícia
Uma conversa com Antônio Valdir de Oliveira Filho é suficiente para encher qualquer pessoa de esperança. O diretor-superintendente do Sebrae-DF é pura energia positiva. No comando da principal entidade que estimula a criação de micro e pequenas empresas no Distrito Federal, não podia ser diferente. Ele aposta na iniciativa privada para vencer a crise. “Existe vida além do Estado”, prega, com a convicção de um pastor.
Valdir esteve na redação do Metrópoles. Foram mais de duas horas de entrevista. Entusiasmado com o resultado de uma pesquisa realizada pela O&P Brasil, que colocou o Sebrae-DF em primeiro lugar no ranking das instituições com maior índice de confiança (superando até a Polícia Federal) dos brasilienses, trouxe uma mensagem positiva para os empreendedores neste início de ano: “Tem como ganhar dinheiro com a crise”.
E parece que os empresários sabem disso. Afinal, 42% deles pensam em investir este ano e 62% preveem um 2017 melhor do que 2016. O caminho para o sucesso, entretanto, não é fácil.Burocracia, juros impeditivos, falta de crédito para fomento e ausência de uma legislação que favoreça a partipação dos pequenos empresários no bilionário mercado das licitações governamentais são alguns dos obstáculos a serem vencidos.
Questões que, se resolvidas, poderiam estimular a criação de novos negócios na capaital da República, que tem o terceiro mercado consumidor do país e segundo melhor ambiente para se investir. Mas está em último lugar quando o assunto é a cultura empreendedora de seus habitantes.
“Os brasilienses precisam acreditar que a solução para mudar a realidade do Distrito Federal está na iniciativa privada”, conclama Oliveira.
Questionado sobre em quais setores da economia local estariam escondidas as “minas da prosperidade”, Oliveira é enfático: “Cada negócio foi feito para uma pessoa. Não adianta, por exemplo, uma pessoa que não goste de animais abrir um pet shop”. De acordo com ele, o Sebrae pode ajudar nessa hora. “Por meio de consultorias, transformamos o negócio. Com a capacitação, preparamos o empreendedor”, afirma.
Ele alerta que as oportunidades nos concursos públicos estão se esgotando com a falência o Estado e, do lado oposto, a iniciativa privada não tem limite. “Dinheiro não some, mas muda de mão”, sentencia.
Confira um resumo da entrevista:
Veja alguns números do Sebrae-DF em 2016:
– 126.858 horas de consultorias
– 224 cursos com 4.310 inscritos
– 65.748 informações prestadas a pessoas que procuraram o Sebrae no DF por meio de seus canais de atendimento
– 35 caravanas e/ou missões com 455 participantes
– 447 oficinas com 7.955 participantes
– 366 palestras com 7.907 participantes
– 4 rodadas de negócios com 110 participantes
– 23 seminários, somando 1.448 participantes
– 123.785 orientações técnicas