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DF tem 16 mil vagas de emprego e 300 mil pessoas em busca de trabalho

Confira quais as áreas mais ofertadas no estoque disponível na Agência do Trabalhador e o que fazer para sair da fila de desempregados

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Flávio dos Santos Rodrigues
1 de 1 Flávio dos Santos Rodrigues - Foto: Michael Mello/Metrópoles

Mesmo com o desemprego em alta e a crise, acredite, sobram vagas no mercado de trabalho da capital federal. Há no Distrito Federal, segundo o Sistema Nacional de Empregos (Sine), cerca de 16 mil ofertas disponíveis para Brasília (veja mapa). Na outra ponta, estão aqueles que não conseguem um salário no fim do mês para pagar as contas, especialmente por falta de qualificação profissional.

As ofertas mais comuns no Sine são de vagas de vendedor, auxiliar de serviços gerais, de cozinha e para estagiário. A última Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada na quarta-feira (25/1), mostra que 2016 fechou com 302 mil pessoas desempregadas no DF. O índice é o maior registrado desde outubro de 2014. Mas, segundo a Secretaria Adjunta do Trabalho, algumas empresas não estão conseguindo preencher as vagas disponíveis.

Os números de intermediação de mão de obra (IMO) da pasta apontam que, das 24,1 mil vagas oferecidas em 2016, apenas 3,6 mil foram preenchidas por indicações feitas por uma das Agências do Trabalhador em todo o DF.

Segundo o secretário adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, a falta de qualificação ainda impede o preenchimento de vagas em importantes setores. “Os empresários relatam muita dificuldade para contratar”, diz.

Oportunidade
O especialista em Recursos Humanos José da Silva confirma que o problema preocupa empresários, que têm buscado aproximação com os centros de formação para captar mão de obra qualificada. Com o mercado cada vez mais competitivo, ele diz que é preciso que o trabalhador invista em especialização.

É necessário ter um conjunto de habilidades e muita atitude. O mercado é muito competitivo e requer perfis competentes. Os candidatos precisam buscar os preparos por meio de requalificação, reciclagem, cursos, treinamentos e palestras

José da Silva, consultor em Recursos Humanos

Flávio dos Santos Rodrigues (foto de destaque), 40 anos, está desempregado há cinco meses e foi até a Agência do Trabalhador do Setor Comercial Sul na sexta-feira (27) buscar uma oportunidade em Brasília. “Quando a gente começa a procurar emprego, percebe que o mercado está bastante competitivo”, comenta.

Com baixa escolaridade, Flávio tentou conciliar o curso do Educação de Jovens e Adultos (EJA) com o último trabalho, de confeiteiro, mas acabou abandonando os estudos. Mas ele garante que, sempre que pode, faz os cursos gratuitos que o governo oferece, para tentar uma recolocação no mercado.

Flávio concorda que as empresas estão muito exigentes e que nem sempre elas oferecem um salário à altura do que pedem ao trabalhador. Diz que tem experiência em alguns setores, mas ela não serve para diversas oportunidades. O homem, que é solteiro e mora em um quarto na W3 Sul, segue confiante. “O mais importante é não desistir jamais. A gente precisa trabalhar”, acrescenta.

Investimento
Uma boa oportunidade para se aperfeiçoar são os cursos profissionalizantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Há inscrições abertas para as áreas de segurança eletrônica, gastronomia, beleza, entre outras. Para mais informações, basta acessar o site.

Outra chance de tentar sair da fila de desempregados: o governo lançou, em março do ano passado, o portal de Qualificação Profissional. “São 21 cursos inteiramente gratuitos. Mais de 30 mil alunos se inscreveram, e cerca de 11 mil se formaram”, diz o secretário Thiago Jarjour.

Outra oportunidade vem do Instituto Federal de Brasília (IFB). A instituição está oferecendo 674 vagas de cursos técnicos inteiramente gratuitos. Não é preciso passar por processo seletivo. As ofertas serão preenchidas por ordem de chegada. O prazo para as matrículas começa nesta segunda-feira (30) e vai até 6 de fevereiro. Mais informações pelo site do instituto.

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