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DF: consumidor deve gastar, em média, R$ 409 no Natal deste ano

Em 2018, compras médias ficaram em R$ 389,79, segundo a Fecomércio. Além de calcular gastos, é preciso fazer lista de quem será presenteado

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Brasília (DF), 10/11/2019 Chegada do Papai Noel no ParkShopping Local: ParkShopping Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 10/11/2019 Chegada do Papai Noel no ParkShopping Local: ParkShopping Foto: Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: null

Novembro ainda não acabou, mas os maiores centros de compra do DF já entraram no espírito natalino. E esperam os consumidores que estão prontos para as compras de Natal. Neste ano, os brasilienses devem gastar mais. Um levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) aponta que os moradores da capital desembolsarão, em média, R$ 409,96.

O valor médio do presente é maior que o calculado pela federação no ano passado. Em 2018, os consumidores brasilienses tinham a intenção de gastar, em média, R$ 389,79. A cifra de 2019 ainda é maior que a média nacional, de R$ 124,99, estimada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

A Fecomércio-DF atribui o aumento a fatores como a liberação do saque de R$ 500 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a redução da taxa de juros. A reforma da Previdência e a reforma tributária também são citadas como justificativas pela instituição.

A intenção dos moradores da capital para as compras natalinas de 2019 vem na contramão do estimado para o Dia das Crianças, comemorado em outubro. Na data, a expectativa era de um gasto médio de R$ 145,46, em comparação aos R$ 162,18 estimados em 2018. O número é menos da metade do orçamento para o Natal.

Planejamento

O valor mais alto disponível para a compra de presentes pode ser justificado pela questão emocional que muitos atribuem ao período do ano. “A época estimula adquirir uma roupa nova, arrumar a casa, comprar presentes. Tudo leva a gastar mais”, explica a professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Myrian Lund.

Para não extrapolar e entrar em 2020 com as contas no vermelho, a especialista em finanças pessoais recomenda que o consumidor faça os cálculos de quanto, realmente, pode gastar. Depois, é preciso criar uma lista com os nomes de quem se quer presentear, levando em consideração também os amigos-ocultos. Por fim, coloque a estimativa de quanto se pretende gastar com cada um.

Espírito natalino – e de compras – aflorado, o consumidor deve tomar cuidado com as compras sem necessidade. “Tem que fazer as três perguntas tradicionais: preciso [do produto]? Precisa ser agora? Eu tenho dinheiro? Se você responder ‘não’ para alguma delas, evite comprar”, aconselha a especialista.

O consumidor deve estar atento aos gastos de agora, pensando no orçamento para o início do próximo ano. Os primeiros meses trazem despesas mais pesadas, como os impostos sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Quem tem criança precisa também arcar com gastos para matrícula e compra de material escolar. “É preciso estar consciente, porque o excesso que fizer agora vai atrapalhar o início do ano”, aponta Lund.

Expectativa do comércio

Ainda de acordo com a pesquisa da Fecomércio-DF, os comerciantes da capital esperam um crescimento de 12% nas vendas para o Natal. Do total dos empresários entrevistados, 64% acreditam que dezembro trará negócios maiores que os feitos no mesmo período do ano passado.

O segmento mais otimista é o de vestuário e acessórios, que aguarda crescimento de 17,8%. Calçados e óticas aparecem em seguida, com projeções de aumento de 10,5% e 9,8%, respectivamente. A Fecomércio aponta que o Natal é uma das datas mais esperadas pelo comércio, devido à tradição da troca de presentes.

Além disso, no fim de ano, os consumidores dispõem de um dinheirinho extra, com o recebimento do 13º salário. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a capital conta com o maior valor médio para o 13º, de R$ 4.558. A primeira parcela é paga até o próximo dia 30. A segunda deve cair na conta do trabalhador até 20 de dezembro.

De acordo com a pesquisa, 65% dos brasilienses pretendem comprar presentes natalinos. A maior parte deles deve ser roupas e acessórios, com 45,92% de preferência entre os consumidores. Em seguida, estão os brinquedos, que devem representar 30,81% das compras na capital, e calçados, com 30,51%.

Projeção nacional

A expectativa também é boa em relação ao cenário nacional. A compra de presentes natalinos deve injetar R$ 60 bilhões na economia brasileira, de acordo com a CNDL e o SPC Brasil. O valor é próximo à soma do movimento estimado para Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados e Dia das Crianças.

A pesquisa aponta ainda que, mesmo com o orçamento apertado, os brasileiros não deixarão de arcar com esse custo: 77% dos consumidores devem presentear alguém neste Natal – o número representa cerca de 119,8 milhões de brasileiros.

Assim como no DF, os consumidores em todo o país pretendem desembolsar mais em 2019. No total, 37% dos entrevistados apontaram a intenção. A justificativa é o fato de terem economizado ao longo do ano, possibilitando o gasto nesta época. Outros consumidores apontam que o aumento do preço dos produtos os obriga a liberar um valor maior para os presentes.

As roupas aparecem em primeiro lugar na intenção de compras dos consumidores entrevistados: 58% devem escolher o item. Em segundo lugar despontam os brinquedos, citados por 40% dos participantes da pesquisa. Perfumes e cosméticos (34%), calçados (32%), acessórios (25%), livros (17%) e smartphones (14%) completam o ranking.

Veja o que considerar antes de ir às compras:
  • Faça uma lista de quem pretende presentear;
  • Anote o item a ser comprado e faça uma estimativa do valor que quer gastar com cada um;
  • Pesquise e compare os preços de um produto em diferentes estabelecimentos;
  • Em casos de promoção, guarde a propaganda que anuncia a oferta, para comprovar o desconto no momento da compra ou negociar com o concorrente;
  • Evite parcelar os valores. Se não for possível, fique de olho nas taxas de juros para pagamentos parcelados;
  • Esteja atento ao selo de conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), se for escolher brinquedos;
  • Na internet, pesquise sobre a reputação da loja antes de confirmar a compra. Sites como Reclame Aqui e Consumidor.gov.br são ferramentas recomendadas.

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