Alta no preço das carnes eleva despesas com ceia de Natal
Frango e porco registraram aumentos de 11,23% e 10,63%, respectivamente, no acumulado do ano. Arroz e frutas também ficaram mais caros
atualizado
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O Natal chega e começa o tempo de planejamento da ceia para a noite de 24 de dezembro. Reunir a família e os amigos em volta da mesa, no entanto, pode ficar um pouco mais salgado neste ano, principalmente por causa do aumento no preço das carnes.
Na variação calculada até novembro pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o Distrito Federal, a carne das aves, por exemplo, subiu de preço. O frango registrou inflação de 11,23%, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE, na última sexta-feira (06/12/2019).
Só em novembro, o IPCA registrou alta de 3,08% para o alimento. O preço da carne de porco também subiu no acumulado do ano: 10,63%. A última variação mensal chegou a 4,89%.
Outras proteínas
Quando consideradas todas as carnes, o índice escala para 17,28%. A porcentagem foi puxada, principalmente, pelo valor da carne bovina – apesar de não ser vista com frequência no cardápio natalino dos brasileiros.
O Sindicatos do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas do DF (Sindigêneros) informou que a alta do alimento chega a 25%, apenas em dezembro. Como consequência, os aumentos do porco e do frango alcançam 20%.
O maior motivo para a mudança é a alta da demanda chinesa pela carne bovina, consequência da peste suína africana que atinge a China. Com a recente elevação do dólar, também ficou mais vantajoso aos produtores exportarem o alimento, repercutindo no valor interno.
Além das carnes, o preço do ovo também subiu, de acordo com a variação calculada pelo IBGE. O acumulado para o ano é de 13,26%.
Com o peso maior dessas proteínas de origem animal, o consumidor pode considerar substituições para esses produtos. Os peixes, por exemplo, registraram deflação de 0,84%. Carnes e peixes industrializados, como o presunto, ficaram 1,87% mais baratos.
Acompanhamentos
O arroz, que aparece no prato da maioria dos brasileiros, também pode ser um vilão no orçamento para a ceia de Natal. A inflação acumulada no ano para o alimento foi de 1,94%. A couve também ficou mais cara 1,13%.
Outros itens compõem a lista de alimentos com valores mais altos: panificados, com aumento de 1,23%; frutas (2,82%); e azeitona (2,31%).
Por outro lado, a batata-inglesa ajuda a puxar a conta para baixo. A deflação para o item atingiu 16,28% negativos. O preço da cebola também teve um queda significativa, de 10,53%. Já o índice para as hortaliças e as verduras, que ajudam a compor o jantar de 24 de dezembro, caiu 2,46%.
Para completar a noite de comemorações, o brinde vai amargar menos para os consumidores. As bebidas alcoólicas ficaram 1,27% mais baratas.