Crise leva mais brasilienses a procurar trabalho e desemprego sobe
Em abril, o índice foi o mais alto já registrado na cidade desde 2008. Contingente de pessoas sem emprego chegou a 290 mil brasilienses
atualizado
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A taxa de desemprego continua subindo no Distrito Federal. Em abril, o índice ficou em 18,6%, o mais alto já registrado na cidade desde 2008. O contingente de pessoas sem emprego chegou a 290 mil brasilienses, oito mil a mais do que o registrado em março. O aumento, entretanto, não se deve ao fechamento de vagas, mas ao fato de mais pessoas estarem à procura de trabalho. Apenas no mês passado, 10 mil moradores da capital do país passaram a buscar uma oportunidade de emprego.
Segundo pesquisa da Companhia de Planejamento (Codeplan), em relação a março, o setor de serviços foi responsável por “salvar” abril, contratando 12 mil novos trabalhadores. Foi o único segmento pesquisado com desempenho positivo. Indústria (- 3 mil vagas), construção civil (- 2 mil), comércio (- 4 mil) e administração pública (- 1 mil) só demitiram. Nos últimos 12 meses, o DF perdeu 44 mil postos.Chama a atenção na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) o fato de que os moradores das regiões administrativas de renda mais baixa serem os principais atingidos pela crise econômica.
Nessas cidades, como Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Paranoá e Recanto das Emas, a taxa de desemprego chegou a 22,3%, enquanto em áreas como Plano Piloto e lagos Sul e Norte, o índice ficou em 7,1%.
O estudo revela, ainda, que não é apenas a oferta de emprego que está em queda na capital do país. A renda dos trabalhadores também está caindo. Entre fevereiro e março deste ano, por exemplo, o rendimento médio registrou perda de até 1,1%. Entre os profissionais mais afetados estão os do setor de comércio. No acumulado de 12 meses, a queda nos salários chegou a 9,1%.