Cresce o número de famílias endividadas no DF em fevereiro
Apesar do aumento, o levantamento indica uma queda na quantidade de famílias com contas em atraso
atualizado
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O número de famílias endividadas no Distrito Federal saltou de 725.087, em janeiro, para 730.380, em fevereiro (crescimento de 5,2 mil). O índice significa que 77,9% das famílias brasilienses possuem algum tipo de débito, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF).
Apesar da alta, o levantamento indica uma queda no número de famílias com contas atrasadas, que caiu de 133.300 no primeiro mês do ano para 133.170 em fevereiro.
O cartão de crédito ainda encabeça a lista dos principais geradores de débitos. Do total dos endividados, 88,9% se declararam comprometidos nesta modalidade. Das famílias com contas em atraso, 36,5% afirmaram que têm condição de sanar suas dívidas totalmente e 57,7% disseram que podem quitar o montante parcialmente.O presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, palpita que as famílias brasilienses não conseguiram administrar todas as contas deste início de ano e, por isso, se complicaram na hora de quitar os débitos. “O aumento não foi substancial, mas vivemos um momento em que precisamos ter cautela, pois os juros continuam altos e o crédito escasso. Além disso, o futuro tanto na política quanto na economia ainda está incerto, por isso, o ideal é não acumular dívidas”, avalia Adelmir.
Ainda segundo o presidente da Fecomércio-DF, 1.189 famílias brasilienses disseram não ter condições de pagar a dívida. Em janeiro esse índice era de 4.120. A Peic consultou 600 famílias. O estudo orienta os empresários dos setores de Comércio, Serviços e Turismo que utilizam o crédito como ferramenta estratégica para o incremento das vendas. Isso porque permite o acompanhamento do perfil de endividamento do consumidor e sua percepção em relação à capacidade de pagamento.